Educação

Educação conclui etapas regionais da Feira de Ciências do Estado

Três melhores trabalhos de cada regional serão expostos na fase estadual

Por Agência Alagoas 14/11/2016 08h58
Educação conclui etapas regionais da Feira de Ciências do Estado
Reprodução - Foto: Assessoria

Motivados pela curiosidade científica, estudantes da rede pública estadual apresentam, nesta segunda-feira (14), a última etapa regional da Feira de Ciências do Estado de Alagoas (Feceal). O evento acontece em Santana do Ipanema, com a exposição dos trabalhos de alunos da 6ª Gerência Regional de Educação (Gere).

Escolas de toda a rede estadual expõem seus trabalhos nas feiras regionais e os três melhores classificados de cada Gere são selecionados para a fase estadual, que ocorre de 23 a 25 de novembro, no Cepa, como parte da programação do Encontro Estudantil da Rede Estadual.

A coordenadora da Feceal, professora Nathaly Marques, destaca o crescimento da feira e elogia a qualidade dos trabalhos. “A cada edição, os trabalhos são ainda melhores, com alunos e professores muito envolvidos. Este ano, os cinco primeiros colocados na etapa estadual ganharão bolsa de iniciação científica da Fapeal, o que significa, em média, dez alunos contemplados”, adianta.

Complexidade

Esta semana, as escolas ligadas às 13ª e 12ª Geres, que abrangem, respectivamente, a Alta Maceió, Rio Largo  e municípios vizinhos, promoveram as etapas regionais. Os trabalhos se destacaram tanto pelo seu aspecto sustentável como pelas alternativas que oferece para dinamizar o ensino das Ciências Exatas.

Na 13ª Gere, a Escola Estadual Marcos Antônio, do Benedito Bentes, levou três projetos: plástico biodegradável obtido a partir da casca da macaxeira, larvicida de óleo de girassol para combater o Aedes aegypti e um repelente a partir da folha do manjericão.

“Tivemos um crescimento incrível no número de pesquisas desenvolvidas na escola. Se no ano passado eram apenas dois projetos, este ano tivemos 26 trabalhos na nossa feira. Os alunos gostam muito destes trabalhos, pois quebram a rotina da sala de aula e ainda os introduz à metodologia científica”, conta a professora de Química, Tatiane Omena.

As escolas estaduais José da Silveira Camerino, no Cepa, e Benedita da Castro Lima,  no Clima Bom, optaram por dois projetos que trabalham a Matemática de forma lúdica: a fita de Moebius, artefato que, sempre que cortado, ganha novo formato, e jogos de raciocínio lógico. Ambos contam com o apoio de alunos de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid).

“Por meio da Fita de Moebius, trabalhamos de forma mais ampla a geometria e otimizamos o pensamento científico”, explica a professora Edivânia Ribeiro, da Escola Silveira Camerino. Os jogos de raciocínio lógico também dinamizaram as aulas da Escola Benedita de Castro.  “Os jogos ajudam os alunos desenvolverem, não só o raciocínio lógico, mas, também, trabalham equações, álgebra e expressões. Apresentamos este projeto na Matexpo da Ufal e ficamos em terceiro lugar”, conta o professor Fabrício Rocha.

Sustentabilidade

Na Feceal da 12ª Gere, a preocupação com o meio ambiente e o aproveitamento inteligente dos recursos naturais foi a temática dominante. A Escola Estadual Arthur Ramos, do Pilar, desenvolveu um carregador de celular que funciona a partir da energia obtida pelo giro de um pneu de bicicleta.

“O sistema conta com um motor de impressora acoplado à roda e a um carregador de celular automotivo ligado ao aparelho. Quando a roda gira temos energia de 12w, que se transforma em 5w quando chega no carregador, Ao todo, leva cinco horas para carregar o aparelho totalmente, mas estamos buscando reduzir esse tempo para uma hora”, explica o estudante Robson Costa.

A Escola Estadual Doralice Moura, de Rio Largo, desenvolveu projeto de casa sustentável com sistema de captação, reaproveitamento e tratamento de água. “A inspiração veio de um sistema criado lá em casa para reaproveitar o óleo de cozinha utilizando uma peneira e areia”, diz João Vitor Rodrigues, um dos integrantes da equipe.

Também em Rio Largo, a Escola Estadual Tabuleiro do Pinto levou projeto para o tratamento e conversão de água do esgoto para irrigação. “Para isso separamos as impurezas por meio dos processos de decantação e flotação. Em seguida, haverá correção do PH e tratamento químico da água”, enumera o estudante Bruno Lemos.

No interior

Pelas etapas regionais da Feceal, a 2ª e a 5ª Geres, localizadas, respectivamente, em São Miguel dos Campos e Arapiraca, já definiram seus três representantes na etapa estadual.

Pela 2ª Gere, os projetos selecionados foram ‘Biodigestor Anaeróbico’, da Escola Tarcísio Soares Palmeira; ‘Utilizando calor para gerar energia elétrica’, da Escola Ana Lins, e o ‘Braço hidráulico’, da Josefa Cavalcante Suruagy.

Na 5ª Gere, em Arapiraca, os três trabalhos que representarão a regional são ‘Cidade sustentável’, da Escola Manoel André; ‘Análise do bioplástico’, da Escola Nossa Senhora da Conceição; e ‘Produção de pomada a partir de espécies vegetais para tratamento de lesões cutâneas contraídas por portadores de diabetes.

“Em 2015, fomos a regional com maior número de trabalhos na etapa estadual e a expectativa é de que este número cresça a cada edição, pelo número e o nível dos trabalhos que nossos estudantes vêm desenvolvendo”, declarou a gerente da 2ª Gere, Fabiana Rocha.