Os financiamentos realizados pelo Banco do Nordeste (BNB) em Alagoas, ano passado, contribuíram para gerar ou manter cerca de 21 mil empregos diretos e indiretos nos diversos setores produtivos alagoanos. Os dados são fruto de levantamento feito pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área do BNB responsável por pesquisas sobre a economia da região, baseado na Matriz Insumo-Produto do Nordeste.

A análise levou em conta os impactos econômicos promovidos pela concessão de crédito da instituição financeira no estado, da ordem de R$ 2,7 bilhões, em 2024, e aponta também repercussões desses recursos na arrecadação tributária, aumento da massa salarial, valor bruto da produção e valor adicionado à economia.

Para o superintendente estadual do BNB em Alagoas, Sidinei Reis, os resultados do crédito voltado ao desenvolvimento evidenciam o papel social do banco e sua importância regional. “Os ganhos de um financiamento destinado ao setor produtivo, com o viés de um banco de desenvolvimento, extrapolam os da própria empresa que recebe o crédito, e repercutem em toda sociedade, com poder multiplicador de geração de emprego e renda, arrecadação tributária por parte das esferas governamentais, bem como outros impactos positivos na economia local, enfim, todos saem ganhando”, afirma.

Impactos

A Matriz Insumo-Produto é uma ferramenta utilizada por profissionais de diversos segmentos para analisar como os setores econômicos de um país, estado ou região se relacionam entre si. O estudo do Etene utiliza essa Matriz na estimativa dos efeitos do crédito do BNB sobre a economia na área de atuação do banco (Nordeste e partes de Minas Gerais e do Espírito Santo).

Em Alagoas, a análise identificou importante contribuição na arrecadação tributária. “A abertura de novas empresas e o aumento na produção promovidos pelos financiamentos do BNB contribuíram para um aumento na arrecadação tributária, da ordem de R$ 91 milhões”, destaca Sidinei.

O superintendente acrescenta que os empregos gerados e o desenvolvimento do setor produtivo impulsionados pelo crédito promoveram ainda um incremento de cerca de R$ 350 milhões na massa salarial do alagoano, ano passado.

Além desses dados, o Etene avaliou ainda que os recursos financiados pelo banco, em 2024, em Alagoas, acarretaram aumento de R$ 1,8 bilhão no Valor Bruto da Produção alagoana e de cerca de R$ 870 milhões no Valor Adicionado à Economia.