Os financiamentos realizados com o Banco do Nordeste para a bananicultura cresceram 35%, em Alagoas, no ano passado. Os dados, que são do mês de novembro relativos ao mesmo período de 2022, somam cerca de R$ 10 milhões contratados para a atividade. A instituição também apoia o cultivo com ações de parceria, por meio de seu Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), no leste do estado (microrregião Serrana dos Quilombos), em que está sendo incentivado o plantio de mudas resistentes a pragas, bem como a utilização de práticas agroecológicas de produção.

O Prodeter da Bananicultura abrange os municípios de Branquinha, Santana do Mundaú e União dos Palmares. Nessa região, as ações, em parceria com prefeituras locais, sindicatos de trabalhadores rurais, associações e outras instituições, capacitaram os produtores sobre tecnologias utilizadas para fitossanidade vegetal, com ênfase na Sigatoka Negra, praga que acomete a fruta, além da produção integrada com outras culturas e mata nativa, uso e descarte de resíduos químicos, manejo biológico e produção agroecológica.

Com o programa, a atividade cresceu naqueles municípios, que já respondem por 73% de todo o crédito do BNB voltado à bananicultura no estado, no período avaliado. Em 2023, até o mês de novembro, a maior demanda por financiamentos para a cultura da banana foi em Santana do Mundaú, que somou mais de R$ 4 milhões.

O agente de desenvolvimento do BNB, Anderson Borba Lessa, que está à frente desse Prodeter, destaca ações em União dos Palmares, na região conhecida como Vale da Pelada, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Nessa área, os produtores de banana estão no processo de certificação para produção orgânica e estão recebendo consultorias técnicas, com análise de solo, entre outras atividades para impulsionar a produção de forma resistente às pragas.