Economia

Confiança do consumidor desaba em abril

Índice caiu 4,3% entre janeiro e abril e o percentual de brasileiros otimistas com a economia, despencou de 39% para 26%

Por Brasil 247 22/05/2019 10h57
Confiança do consumidor desaba em abril
Reprodução - Foto: Assessoria
Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o governo Jair Bolsonaro conseguiu acabar com as expectativas da população e dos consumidores brasileiros. O Índice de Confiança do Consumidor desabou 4,3% entre janeiro e abril, ficando em 46,9 pontos (era 49 em janeiro) e o percentual de brasileiros otimistas com a economia, considerando-se aqueles que acreditam que a situação vai melhorar nos próximos seis meses, despencou de 39% para 26% no mesmo período. Ainda segundo o levantamento, 61% consideram o momento econômico ruim ou muito ruim e apenas 7% acham que a situação é boa ou muito boa. A queda no indicador é atribuída à situação financeira da população, ao desemprego – que alcança 13,4 milhões de trabalhadores -, aumento do custo de vida e queda no rendimento familiar. Segundo o estudo, 38% dos brasileiros avaliam suas condições financeiras como ruim, contra apenas 13% do que dizem estar bem neste quesito. Para 39% dos entrevistados, o desemprego deve permanecer no patamar atual até o próximo semestre, enquanto 15% acredita que o número de trabalhadores desempregados deve crescer. Outros 41% dizem temer pelo futuro do próprio emprego nos próximos meses. A pesquisa também aponta para um crescimento da percepção do peso da inflação no Governo Bolsonaro sobre o consumidor. Ao todo, 65% dos entrevistados afirmaram que a inflação cresceu nos últimos três meses. Já para outros 20% o custo inflacionário permaneceu estável. A pesquisa apontou, ainda, uma divisão sobre o que o consumidor espera da economia para os próximos seis meses. De acordo com a sondagem, 26% dos brasileiros se mostram pessimistas e outros 43% avaliam que a situação deve permanecer como registrado atualmente, ou seja, sem melhoras ou pioras no atual quadro de depressão econômica. Já para outros 26%, a situação deve apresentar alguma melhora nos próximos seis meses.