Economia
Dólar fecha em alta e termina o mês a R$ 3,27 com temor sobre Previdência
Moeda norte-americana subiu 0,97%, a R$ 3,2716 na venda e terminou o mês praticamente estável

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (30), no patamar de R$ 3,27, dando continuidade à trajetória da véspera com menor otimismo do mercado sobre a votação da reforma da Previdência em breve.
O dólar avançou 0,97%, a R$ 3,2716 na venda, fechando novembro praticamente estável, com leve queda de 0,04%.
Desde agosto passado, a moeda norte-americana acumula alta de quase 5%. No ano, o dólar subiu 0,67%.
No mês até a última terça-feira, quando o mercado estava mais otimista de que seria possível votar a reforma da Previdência, o dólar acumulava queda de 1,96%, mas o humor dos investidores azedou com o sinais de falta de apoio político à medida, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.
O governo não tem os votos suficientes na Câmara dos Deputados para garantir vitória na reforma da Previdência e tem se esforçado para angariar apoio político, mas sem sucesso até agora.
Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a proposta de reforma da Previdência está "muito longe" dos 308 votos necessários para ser aprovada na Casa.
"Existe ainda um espacinho para o dólar (rondar os atuais níveis) nos próximos dias. Mas tudo muda muito rápido", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva. "Se não aprovar, (o dólar) pode ir a R$ 3,40", acrescentou.
Com esse cenário mais tenso nos próximos dias, o mercado também já se preparava para a volta do Banco Central ao mercado de câmbio para rolar os swaps cambiais, contratos que se assemelham à venda futura de dólares, que vencem em janeiro, no valor equivalente a US$ 9,638 bilhões.
Em novembro e em dezembro, não houve vencimentos e, por isso, o BC ficou de fora do mercado. Atualmente, segundo dados da autoridade monetária, o estoque total dos swaps estava em US$ 23,794 bilhões.
"O BC deve agir rápido porque o volume é grande e também para tirar um foco de tensão", afirmou o gerente da mesa de câmbio do Banco Ourinvest, Bruno Foresti.
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