Economia

Euro vai a R$ 3,80, maior cotação desde junho de 2016

Alta do euro acontece em meio a valorização da moeda frente ao dólar por tensão entre Coreia do Norte e EUA

Por G1 29/08/2017 16h08
Euro vai a R$ 3,80, maior cotação desde junho de 2016
Reprodução - Foto: Assessoria
O euro superou nesta terça-feira (29) a barreira de R$ 3,80, atingindo a maior cotação em mais de 1 ano e meio.

Por volta das 15h49, porém, o euro caía 0,08%, a R$ 3,7933 na venda.

Segundo a consultoria CMA Solutions, o euro atingiu nesta terça a maior cotação intradia desde 24 de junho (R$ 3,818).

A última vez que o euro fechou o dia acima de R$ 3,80 foi em 23 de junho do ano passado, quando encerrou o dia a R$ 3,8137, segundo dados da provedora de informações financeiras Economatica.

Nas casas de câmbio, o euro turismo era vendido na tarde desta terça-feira acima de R$ 4,10 (com IOF).

Já o dólar operava estável, vendido a R$ 3,1624.

Euro sobre frente ao dólar

A alta do euro acontece em meio a valorização da moeda frente ao dólar diante dos desdobramentos da tempestade Harvey e do lançamento de mais um míssil norte-coreano.

Nesta terça, o euro superou pela primeira vez desde janeiro de 2015 a marca de US$ 1,20. No mês, a divisa já subou quase 2% frente ao dólar e acumula alta de mais de 14% no ano.

O dólar também recuava frente a outras moedas, como o iene.

"O sentimento de risco tem sido afetado pelo nervosismo com a Coreia do Norte e com os mercados acionários fracos, sendo a única exceção o euro", disse à Reuters o diretor de estratégia cambial do BMO Financial Group, Stephen Gallo.

A Coreia do Norte disparou um míssil que voou sobre o Japão e aterrissou em águas do Pacífico na costa da região de Hokkaido, no norte do Japão, aumento as tensões na península coreana.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que "todas as opções estão sobre a mesa", sinalizando que não haverá trégua para o governo de Pyongyang.

Além disso, nos Estados Unidos, a tempestade Harvey está provocando inundações colossais que, entre outras consequências, paralisaram a cidade de Houston, a quarta maior do país.

Os analistas citavam ainda o desânimo dos investidores após a reunião de Jackson Hole, em Wyoming, nos Estados Unidos, com a presença de vários diretores dos bancos centrais mais importantes do mundo.

A presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), Janet Yellen, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, não fizeram nenhum comentário sobre o mercado cambial, ou sobre a evolução de suas políticas monetárias.