Economia

Exportações de carne de frango do Brasil caem 5,6% de janeiro a maio

Volume exportado em maio também teve queda de 11,1%, ante o mesmo mês de 2016, para 393,6 mil toneladas

Por Reuters 05/06/2017 20h30
Exportações de carne de frango do Brasil caem 5,6% de janeiro a maio
Reprodução - Foto: Assessoria
As exportações brasileiras de carne de frango no acumulado do ano caíram 5,6%, ante os primeiros cinco meses de 2016, para 1,750 milhão de toneladas, com o setor ainda se recuperando dos impactos negativos da Operação Carne Fraca da Polícia Federal, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta segunda-feira.

O volume exportado em maio também teve queda de 11,1%, ante o mesmo mês de 2016, para 393,6 mil toneladas, disse a ABPA.

"O setor ainda está se recuperando dos efeitos gerados internacionalmente pelos equívocos da divulgação da Operação Carne Fraca", disse o presidente da associação, Francisco Turra, ponderando que irregularidades foram encontradas em apenas algumas unidades, mas os efeitos foram generalizados.

"Determinados mercados como China, Hong Kong, Kuweit e outros ainda apresentam desempenho inferior ao registrado no período equivalente de 2016", acrescentou ele, em nota.

Ele também chamou a atenção para a forte base de comparação, o que ajuda a explicar a queda neste ano. Disse que entre março e junho de 2016 as exportações alcançaram patamares muito altos, por volta de 400 mil toneladas, e que os níveis de maio estão dentro da média de 2017.

A receita de exportações, no entanto, registrou alta de 9% entre janeiro e maio, totalizando 2,968 bilhões de dólares, ante 2,722 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado.

Carne suína

As exportações brasileiras de carne suína caíram 24,4% em maio, ante o mesmo mês de 2016, totalizando 41,7 mil toneladas.

A receita decorrente das exportações também recuou 1% no mês, para 112,3 milhões de dólares.

"Assim como no setor de aves, diversos importadores de carne suína retraíram suas compras. No caso de suínos, os impactos foram mais significativos, especialmente entre os importadores chineses", disse o vice-presidente de mercados da ABPA, Ricardo Santin.