Às 15h39, a moeda norte-americana caía 0,53%, aos R$ 3,1145 na venda.

"Há um nervosismo com o político local, mas nada de muito concreto ainda. Então, há espaço para o dólar olhar outras coisas, como o avanço (nos preços) de commodities", comentou à Reuters o profissional de uma corretora nacional.

Segundo a agência, no exterior, o dólar recuava frente a algumas moedas de países emergentes, como o peso chileno. Os preços do petróleo tinham leve alta, com a recuperação na produção da Líbia durante o fim de semana limitando ganhos motivados por dados positivos da economia da Ásia, que apontam para forte demanda por energia na região.

No cenário político interno, o mercado aguardava o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começar a julgar uma das ações que pedem a cassação da chapa eleita em 2014 para a Presidência da República formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, julgamento que em seu resultado mais crítico pode provocar um segundo afastamento do chefe do Poder Executivo em quase um ano.

Será julgada nesta terça-feira a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), proposta em 2014 pelo PSDB, sob a alegação de que a chapa vencedora teria cometido abuso do poder político e econômico.

Ainda segundo a Reuters, o temor era de que o governo Temer fique ainda mais refém de negociações políticas para aprovar no Congresso Nacional a votação de reformas, sobretudo a da Previdência, considerada pelo mercado uma medida essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio para esta segunda. Em março, o BC fez apenas rolagem parcial do vencimento de abril de swap cambial tradicional - equivalente à venda futura de dólares. Em maio, vencem US$ 6,389 bilhões em swap cambial tradicional.

Na sexta-feira, o dólar caiu 0,41%, a R$ 3,1311 na venda. Na semana e no mês, no entanto, o dólar subiu 0,73% e 0,57%, respectivamente. Foi a primeira alta mensal desde novembro de 2016. No ano, acumula queda de 3,65% em relação ao real.