Economia
Exportações alagoanas têm incremento de 53% no primeiro bimestre
Vendas de produtos ligados a cana de açúcar ainda mantém o perfil exportador do Estado, responsáveis por 83,7% da pauta das exportações
As exportações nordestinas totalizaram US$ 2,28 bilhões no acumulado de janeiro-fevereiro deste ano, 30,9% mais que no mesmo período de 2016. Por outro lado, as importações somaram US$ 3,37 bilhões, com aumento de 60,0% no intervalo comparativo. Nesse contexto de déficit da balança comercial nordestina, Alagoas se destaca entre os estados com saldo positivo (ao lado de Rio Grande do Norte e Ceará), ao apresentar crescimento nas exportações de 53% para o bimestre.
De acordo com a análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), a partir de dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as vendas de produtos ligados aos derivados da cana de açúcar ainda mantém o perfil exportador do Estado, responsáveis por 83,7% da pauta das exportações neste início do ano.
Regionalmente, as exportações de produtos semimanufaturados cresceram 16,4% em janeiro e fevereiro de 2017, frente ao mesmo período do ano anterior. As vendas de produtos básicos recuaram 17,4% frente ao primeiro bimestre de 2016, com destaque para a redução de 92% do valor das exportações de algodão, motivada pela desvalorização do dólar e pela perda de competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, que o redirecionou para o mercado interno.
A exportação de produtos manufaturados apresentou crescimento de 64,7%, devido, principalmente, ao aumento das exportações de combustíveis e automóveis. Os resultados levam à observação do mercado pernambucano, onde a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), ainda não concluída, já é a maior exportadora do Estado. Ao comparar o primeiro bimestre de 2017 e 2016, o incremento nas exportações em Pernambuco foi de 171,8%.
Quanto aos países de destino das exportações nordestinas, Estados Unidos (17,0%), Argentina (11,4%), China (9,0%), Holanda (6,3%) e Canadá (4,9%) foram responsáveis por 48,6% do total exportado. Vale registrar que, enquanto as exportações para os Estados Unidos, Argentina e Canadá cresceram 45,1%, 36,7% e 58,8%, respectivamente, as vendas para a China e Holanda recuaram respectivos 25,3% e 17,5%, no período em análise.
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