Economia
PIB dos Estados Unidos cresce 1,6% em 2016
No quarto trimestre, a taxa anual de crescimento foi de 1,9%
A economia dos Estados Unidos fechou 2016 com um crescimento de 1,6%, abaixo dos 2,6% registrados no ano anterior, segundo informou nesta sexta-feira (27) o Departamento do Comércio do país. É a taxa mais fraca desde 2011.
A expansão no primeiro semestre do ano foi prejudicada pelo petróleo barato e pelo dólar forte, que reduziu os lucros das empresas e pesou sobre o investimento empresarial.
No quarto trimestre, a taxa anual de crescimento do PIB chegou a 1,9%, No trimestre anterior, o aumento fora de 3,5%.
Economistas ouvidos pela agência Reuters previam que a o aumento do PIB no quarto trimestre seria de 2,2%.
No quarto trimestre, as exportações caíram a uma taxa de 4,3%, revertendo o crescimento de 10% do terceiro trimestre. A queda das exportações nos últimos meses do ano passado foi a maior desde o primeiro trimestre de 2015.
O comércio cortou 1,70 ponto percentual do crescimento do PIB no quarto trimestre, depois de colaborar com 0,85 ponto percentual no período anterior. Esse foi o maior impacto negativo desde o segundo trimestre de 2010.
A maior parte da queda foi motivada pelas exportações de soja, que haviam impulsionado o crescimento do PIB no terceiro trimestre após uma safra de soja fraca na Argentina e no Brasil.
Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 2,5% no quarto trimestre, ante 3% no terceiro.
Com a demanda doméstica aumentando, as empresas continuaram a aumentar os estoques. Elas acumularam estoques a uma taxa de US$ 48,7 bilhões no último trimestre do ano passado, contra US$ 7,1 bilhões no terceiro trimestre. Os estoques colaboraram com 1 ponto percentual ao crescimento do PIB, o dobro da contribuição no terceiro trimestre.
O investimento empresarial aumentou, com os gastos em equipamentos avançando a uma taxa de 3,1% após quatro quedas trimestrais seguidas. O ganho reflete aumento na exploração de gás e petróleo, em linha com a alta dos preços do petróleo.
Com o mercado de trabalho em pleno emprego ou perto dele começando a elevar os salários e a sustentar os gastos do consumidor, o cenário é favorável para a economia.
O crescimento este ano também pode receber um impulso da promessa do presidente Donald Trump de aumentar os gastos em infraestrutura, reduzir os impostos e as regulamentações.
Uma economia mais forte também significaria mais aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve. O banco central dos Estados Unidos tem projetado três altas dos juros este ano.
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