Economia

Bovespa vira no fim da sessão e fecha em queda com pressão dos bancos

Índice da bolsa paulista perdeu 0,32%, a 64.149 pontos, após atingir o nível mais alto em 11 semanas na véspera

Por G1 18/01/2017 18h58
Bovespa vira no fim da sessão e fecha em queda com pressão dos bancos
Reprodução - Foto: Assessoria
A Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira (18), após mudar de direção no fim do pregão. O índice avançou durante todo o dia, até passar a cair pressionado pelas perdas de bancos, que ofuscaram a influência positiva da mineradora Vale.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, caiu 0,32%, a 64.149 pontos.

Na véspera, o índice atingiu o nível mais alto em 11 semanas, tendo como suporte os ganhos da Vale.

Destaques do dia

Os papéis do Bradesco e Itaú, cojm forte peso no índice, caíram mais de 1%, ajudando a puxar a queda do índice no fim do pregão.

As ações da Vale reduziram a alta vista mais cedo e avançaram em torno de 3% (preferenciais) e 5% (ordinárias) perto do fechamento. As negociações sobre a renovação do acordo de acionistas, que expira em abril, estão na reta final, segundo o "Valor".

Atualmente, o acordo é de 20 anos, mas pode ter prazo diminuído para até 6 anos, segundo o jornal. Outra discussão é referente à migração das duas classes de ações (ordinárias e preferenciais) para apenas ordinárias, que dão direito a voto.

Em relatório, a Guide Investimentos considera a medida positiva, uma vez que tornaria "o controle da Vale mais pulverizado", melhorando a governança corporativa, segundo a Reuters. Também no radar estavam as cotações do minério de ferro na China.

Já as ações preferenciais da Petrobras caíram, em dia marcado pelo declínio dos preços internacionais do petróleo em meio à expectativa de aumento na produção nos EUA. Na véspera, a estatal informou ter concluído a emissão de US$ 4 bilhões em títulos com vencimentos em 2022 e 2027.

Perspectivas

Segundo o mercado, a cautela persistiu no exterior, mas os investidores passam a se voltar ao noticiário doméstico, aguardando os números da nova safra de balanços das empresas, que começa na próxima semana, e monitorando os desdobramentos no cenário político.

"Eu acho que estamos vendo na Bovespa um certo otimismo, principalmente depois do corte de juro mais agressivo do Copom", afirmou o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, à Reuters. De acordo com ele, até setores que vinham tendo performance fraca, como a indústria de construção, estão se saindo melhor com a perspectiva de redução de juros.

Véspera

Na véspera, o Ibovespa subiu 0,82%, a 64.354 pontos, com as ações de construtoras e do setor de educação influenciadas positivamente pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou as apostas em um ritmo maior de queda da taxa básica de juros.