Economia
Dólar opera em alta após Fed elevar juros nos Estados Unidos
O dólar fechou em alta de 0,22% na quarta-feira (15), vendido a a R$ 3,332
Às 15h54, a moeda norte-americana subia 1,28%, a R$ 3,3761 na venda.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 1,55%, a R$ 3,3847 Às 9h59, alta de 1,54%, a R$ 3,3848Às 10h59, alta de 1,61%, a R$ 3,3869 Às 11h22, alta de 1,6%, a R$ 3,3867Às 13h07, alta de 1,36%, a R$ 3,3788Às 14h08, alta de 1,77%, a R$ 3,3924Às 14h59, alta de 1,96% a R$ 3,39
Com a alta, a primeira em 1 ano, os juros devem ser elevados para a faixa entre 0,5% e 0,75%, contra 0,25% a 0,5% atualmente. Juros maiores nos Estados Unidos tendem a puxar o dólar para cima em relação a moedas como o real, pois o país atrairia recursos aplicados em outros mercados.
O aumento dos juros já era amplamente esperado pelo mercado e estava precificado, com investidores no aguardo apenas de pistas sobre o ritmo das próximas elevações, especialmente após a eleição de Donald Trump.
"O mercado não estava preparado para a indicação de três altas de juros no próximo ano e isso obriga uma correção. Mas o ajuste não é fundamental e duradouro, já que a indicação do Fed não é garantia de nada", disse à Reuters o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado. "A mudança da sinalização para o próximo ano aconteceu porque os indicadores norte-americanos têm sido muito bons, sobretudo os de emprego."
Os mercados de ações pelo mundo reagem ao anúncio do Fed. Na Ásia, as bolsas terminaram a sessão em queda, enquanto os mercados europeus abriram o dia em alta. Segundo a Reuters, o dólar no exterior atingiu a máxima em 14 anos, colocando o euro no seu menor nível desde janeiro de 2003.
Cenário internoDo cenário local, investidores seguem atentos ao cenário político e na expectativa pelo pacote de medidas microeconômicas que deve ser anunciado pelo governo. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o objetivo das medidas é melhorar a produtividade. Ao longo do dia, profissionais comentaram à Reuters que o conteúdo dessas medidas pode aliviar a trajetória de alta da moeda.
"Estamos vivendo um cenário político sem precedentes. Quando se imagina que a poeira vai baixar, novos estresses surgem", destacou à Reuters um operador da mesa de câmbio de uma corretora local.
BC não interfereAté o momento, o Banco Central não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio. Na terça-feira, o BC fez um leilão de linha para rolagem dos contratos de janeiro e, na segunda-feira, encerrou a rolagem dos contratos de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no futuro, também de janeiro.
Último fechamentoO dólar fechou em alta de 0,22% na quarta-feira (15), vendido a a R$ 3,332. Na semana, o dólar tem queda acumulada de 1,18% e no mês, de 1,6%. No ano, há recuo de 15,57%.
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