Economia
Bovespa fecha em alta nesta sexta com Petrobras, Vale e bancos
Principal indicador da bolsa paulista avançou 1,36%, aos 60.316 pontos
O principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta nesta sexta-feira (2), após recuar pela manhã, com a recuperação das ações de bancos, Vale e Petrobras. Mais cedo, a bolsa caíiu em meio a tensões com o cenário político e o exterior menos favorável à tomada de risco.
O Ibovespa subiu 1,36%, a 60.316 pontos.
Petrobras em alta
As ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) da Petrobras subiram 2,53%. As ordinárias (com direito a voto) também subiam quase mais de 2,42%, em dia de nova alta dos preços do petróleo.
Nesta manhã, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que é preciso olhar “com muito cuidado” o acordo da Opep para corte da produção e que os produtores de petróleo não convencional nos EUA podem aumentar a extração na esteira do acordo.
"A sustentação desses novos níveis [de preço mais alto do petróleo] depende muito da produção de shale oil and gas [petróleo e gás de xisto]. Isso pode, na realidade, atrair mais produção de shale e trazer de volta os preços para o nível entre US$ 40 e US$ 50”, afirmou.
As ações da Vale subiram 5,01% nas preferenciais e 4,13% nas ordinárias, recuperando-se das perdas do início do pregão, em dia de leve alta nos preços do minério de ferro na China, segundo a Reuters.
Braskem subiu 12,43%, no melhor desempenho do Ibovespa. A empresa informou que espera celebrar acordo de leniência com autoridades no Brasil e Estados Unidos compreendendo todos os fatos que envolveram a petroquímica na Lava Jato, destaca a agência.
Itaú Unibanco subiu 0,41%, após ter caído mais de 2% na mínima da sessão, enquanto Bradesco avançou 1,53%. O setor bancário mostrou alguma recuperação após as fortes quedas da véspera, quando Itaú perdeu 4,53% e Bradesco teve baixa de 5,58%.
Cenário políticoO campo político segue conturbado, em meio a uma série de acontecimentos que incluem a aprovação de texto desconfigurado na Câmara dos Deputados de medidas contra corrupção, apenas dias após uma crise culminar em nova baixa na equipe do presidente Michel Temer.
Segundo a Reuters, toda essa inquietação política coloca dúvidas sobre o ritmo de avanço no Congresso Nacional de medidas consideradas cruciais para a recuperação da economia.
Somando-se às preocupações, está o acordo de leniência da Odebrecht assinado com os procuradores da operação Lava Jato na véspera, no qual a empresa aceitou pagar multa de R$ 6,7 bilhões, por receios que o acordo possa envolver a citação de políticos e complicar ainda mais o já tumultuado cenário.
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