Economia
Bovespa fecha em alta, impulsionada por Banco do Brasil e Petrobras
BB anunciou fechamento de agências e plano de demissões voluntárias
O principal índice da bolsa paulista fechou em alta de 1,85% nesta segunda-feira (21), retomando o patamar de 61 mil pontos, impulsionado pelo avanço das ações do Banco do Brasil e da Petrobras, que subiram mais de 7%.
O Ibovespa subiu 1,85% a 61.070 pontos, recuperando o patamar perdido há pouco mais de uma semana, em meio às preocupações com as políticas do próximo governo dos Estados Unidos, sob o comando do republicano Donald Trump.
O volume financeiro somou R$ 10,8 bilhões de reais, sendo que deste total, R$ 3,28 bilhões foram relativos ao exercício de opções sobre ações, destaca a agência Reuters.
Destaque do dia
As ações ordinárias do Banco do Brasil lideravam as altas, com valorização 7,84%, após a instituição financeira anunciar plano de reestruturação destinado a reduzir custos.
A reestruturação de agências e o plano de aposentadoria incentivada anunciados neste domingo (20) pela instituição financeira podem gerar uma economia anual de R$ 3,798 bilhões, caso os 18 mil funcionários habilitados optem por deixar o banco em troca de benefícios.
A preferencial da Petrobras avançou 7,3%, enquanto Petrobras ON subiu 5,12%, em sessão marcada por alta de 4% nos preços do petróleo. Também estava no radar a decisão liminar da Justiça Federal de Sergipe de suspender o processo de venda de participação da petrolífera nos campos de Baúna e Tartaruga Verde para a Karoon Gas Australia.
Vale PNA subiu 5,54% e Vale ON avançou 5,13%, seguindo o tom positivo do pregão, apesar do declínio nos preços do minério de ferro nesta sessão. As ações PNA caíram mais de 10%nos três pregões anteriores, em meio à queda nos preços do minério e após fortes ganhos recentes.
Itaú Unibanco ganhou 0,82%, enquanto Bradesco PN avançou 0,58%, também ajudando o tom positivo do Ibovespa devido ao peso que as ações têm em sua composição. No mês até sexta-feira, as ações do Itaú acumulavam queda de quase 8%, enquanto os papéis preferenciais do Bradesco tinham perda superior a 12%.
Na outra ponta, Embraer liderou as baixas com queda de mais de 2%, em meio à queda do dólar frente ao real.
Cenário externo e local
A alta nos preços do petróleo no mercado internacional ajudou a encorajar a tomada de risco nesta sessão e impulsionou os ganhos da Petrobras. A alta da commodity também favoreceu o desempenho positivo nas bolsas norte-americanas, com seus principais índices atingindo máximas históricas intradia.
A melhora no humor externo, no entanto, não tirou do radar a cautela com a expectativa pelo governo de Trump, com investidores monitorando a formação da equipe do republicano e à espera de sinalizações de como será a condução de seu governo.
Já no front local, o cenário político voltou a ser monitorado por investidores, após a acusação do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de ter sido pressionado pelo ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberação de empreendimento na Bahia. Durante a tarde o governo confirmou a permanência do ministro no cargo, embora operadores sigam monitorando potenciais desdobramentos do acontecimento.
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