Economia
Dólar fecha em queda pelo 3º dia seguido e termina a semana em baixa
Na semana, o dólar teve leve queda em relação ao real, de 0,16%
O dólar fechou em queda em relação ao real nesta sexta-feira (18), influenciado pela intervenção do Banco Central em meio às apostas entre os investidores de que os juros nos Estados Unidos devem subir em breve.
A moeda norte-americana caiu 0,93%, a R$ 3,387. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,4383, segundo a Reuters. Na semana, o dólar teve leve queda em relação ao real, de 0,16%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h06, alta de 0,34%, a R$ 3,4305 Às 9h09, alta de 0,263%, a R$ 3,4279 Às 9h59, queda de 0,19%, a R$ 3,4121 Às 10h59, queda de 0,73%, a R$ 3,393 Às 11h29, queda de 0,8%, a R$ 3,3931 Às 12h30, queda de 1,08%, a R$ 3,3817Às 13h40, queda de 1%, a R$ 3,3845 Às 14h30, queda de 0,79%, a R$ 3,3917 Às 15h39, queda de 0,87%, a R$ 3,389 Às 16h49, queda de 1,05%, a R$ 3,383Intervenção do BC
"As seguidas intervenções do BC fizeram com que o real performasse melhor que seus pares", comentou à Reuters o operador da corretora Renascença, Luís Laudísio.
"O cenário externo continua sendo a fonte principal do dólar, mas os swaps amortecem a trajetória de alta e trazem a moeda pontualmente para baixo", explicou um profissional da mesa de dólar de uma corretora doméstica também à agência.
"O viés da moeda (norte-americana) é de alta, pressionada pelo exterior, mas até pode operar em queda, de maneira pontual, com os leilões (do BC)", avaliou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
O Banco Central vendeu nesta manhã todos os 10 mil novos contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, e realiza ainda outro leilão, com até 20 mil contratos, para rolagem dos swaps que vencem em 1º de dezembro.
Juros nos EUA
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas devem atrair para aquele país recursos aplicados atualmente em outros mercados. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Na quinta-feira, a chefe do Federal Reserve, Janet Yellen, disse que a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos não alterou em nada os planos do banco central norte-americano de aumentar a taxa de juros "relativamente em breve".
Com isso, cresceram as apostas de que o Fed elevará os juros em dezembro. E, com temores de que a política econômica de Trump possa gerar inflação nos EUA, aumentaram também as expectativas de que o Fed pode acelerar o passo de sua política monetária mais apertada, destacou a Reuters.
Cenário interno
Internamente, questões domésticas começavam a fazer ruído nos mercados, como a situação fiscal dos estados e as prisões de políticos, como ex-governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, justamente um dos estados com pior situação financeira.
"A pressão sobre os mercados locais tende a voltar... Por enquanto, é difícil esperar um recuo forte da percepção de risco-país", comentou a corretora Guide em relatório a clientes, segundo a Reuters.
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