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Pindorama segue a todo vapor com processamento de milho e sorgo para fabricação de álcool

Por Assessoria 11/06/2024 11h29
Pindorama segue a todo vapor com processamento de milho e sorgo para fabricação de álcool
Usina Pindorama realiza adaptações na indústria para ampliar capacidade de produção de etanol de cereais - Foto: Assessoria

Alagoas está no meio do período de entressafra da cana, época em que as usinas produtoras de etanol e de açúcar suspendem suas atividades de fabricação por conta do ciclo de crescimento da matéria-prima. Esse intervalo entre moagens também serve para a realização de reparo nas unidades industriais, necessário para garantir o bom andamento do processo no período seguinte.

No que diz respeito à produção exclusiva do etanol, a Usina Pindorama, que faz parte do complexo industrial da Cooperativa Pindorama, em Coruripe, Litoral Sul de Alagoas, é o ponto fora da curva. Detentora da primeira e única usina de flex do Norte-Nordeste do Brasil, a Pindorama, apesar do encerramento da moagem de cana, em meados de abril, seguiu em pleno vapor com o processamento de milho e de sorgo para a fabricação dos álcoois anidro e hidratado.

Segundo o gerente industrial da unidade, Erikson Viana, a moagem dos grãos foi iniciada em 05 de novembro de 2023 e seguiu até 24 de maio de 2024. Nesse período, foram processadas 13.814,97 toneladas de milho e 25.190,77 de sorgo, totalizando 39.005,74 toneladas de grãos.

"Essa quantidade de cereais processada resultou na produção de 15.178,378 litros de etanol, um incremento gigante, levando em consideração a entressafra da cana. Estaríamos parados, sem produção alguma, se não tivéssemos uma usina flex. O investimento realizado pela diretoria enriqueceu em muito nosso processo de fabricação", destacou Viana.

A produção do etanol da Usina Pindorama a partir do milho e do sorgo, ainda gera outra excelente fonte de renda no final do processo. Trata-se do WDG, uma espécie de farelo de grande valor nutritivo para animais como bovinos, suínos, equinos, dentre outros.

O WDG da Pindorama tem gerado grande procura por parte de pecuaristas de vários estados do Nordeste, tanto pelos valores nutricionais, já que conta com cerca de 30% de proteína, como pela economia que gera ao bolso dos ciradores, uma vez que custa quase 50% do valor pago pelo farelo de trigo, por exemplo.

A quantidade de WDG resultante desta moagem foi de 16.161 toneladas.

Erikson Viana destaca as vantagens do WDG tanto para os produtores, quanto para a própria indústria.

"O ganho para o produtor seria ele ter um produto com alto teor de proteína a baixo custo. Para a Pindorama tem o aumento da receita, ou seja, além do álcool extraído do grão, ainda tem todo esse material disponível para venda, para aumentar lucros", disse Viana.

O presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, classificou como marco histórico a conclusão da primeira moagem da usina de etanol de cereais.

"Isso representa um marco histórico para o Nordeste, principalmente aqui para Alagoas, essa atitude, essa ousadia, essa visão estratégica que tivemos quando implantamos a primeira indústria de etanol de milho do Nordeste aqui na nossa Cooperativa. Essa safra foi a primeira que tivemos uma continuidade, termina a safra de cana e demos sequência à safra de etanol de milho. Isso estava totalmente dentro do nosso planejamento, mantendo a geração de renda e emprego, fortalecendo o caixa da Cooperativa, no sentido de termos essa indústria forte e produzindo. Esse projeto trás, de cara, uma segurança, uma estabilidade e uma estratégia muito interessante para a atividade sucroalcooleira do estado e do Nordeste", enfatizou Klécio Santos.

No final do último mês de maio, Usina Pindorama encerrou a moagem de grãos. A partir de agora haverá a complementação dos reparos de todo o complexo industrial, visando a próxima safra da cana-de-açúcar, prevista para começar em meados de agosto deste ano.