Ciência e Tecnologia

Governo define que internet e aplicativos como Uber são serviços essenciais

Em decreto, telecomunicações e apps de transporte são considerados de "natureza essencial" durante pandemia de coronavírus

Por Texto: Lucas Braga com Tecnoblog 23/03/2020 15h01
Governo define que internet e aplicativos como Uber são serviços essenciais
Reprodução - Foto: Assessoria
Um decreto do presidente Jair Bolsonaro foi publicado na noite de sexta-feira (20) no Diário Oficial da União estabelecendo que internet, telecomunicações e transporte por aplicativo como Uber, 99 e Cabify são classificados como serviços essenciais. O texto dita que as categorias precisam funcionar durante a pandemia de coronavírus (Covid-19) no Brasil. Internet banking e serviços postais são serviços essenciais Além de categorias como saúde, assistência social, segurança pública e privada, saneamento básico, energia elétrica e iluminação pública, o decreto nº 10.282 estabelece como serviços públicos e essenciais: transporte intermunicipal, interestadual e internacional de passageiros e o transporte de passageiros por táxi ou aplicativo; telecomunicações e internet; serviços relacionados à tecnologia da informação e de processamento de dados (data center) para suporte de outras atividades previstas no decreto; serviço de call center; produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas; compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras; serviços postais; transporte e entrega de cargas em geral. Em caso de quarentena obrigatória, profissionais dessas categorias terão livre circulação: "é vedada a restrição à circulação de trabalhadores que possa afetar o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais, e de cargas de qualquer espécie que possam acarretar desabastecimento de gêneros necessários à população". Ao tornar essas categorias como serviços essenciais, o Planalto blinda que esses serviços sofram interferências de governos estaduais, como aconteceu em Santa Catarina com a suspensão de encomendas nos Correios.