Cidades

Grave falha de segurança paralisa atividades no Porto de Maceió

Em nota de esclarecimento, a Administração do Porto de Maceió (APMC) afirmou que a paralisação atinge apenas a operação do navio Spar Pavo

Por Tribuna Hoje com Assessoria 22/10/2025 20h38 - Atualizado em 23/10/2025 01h02
Grave falha de segurança paralisa atividades no Porto de Maceió
Porto de Maceió - Foto: Ascom Porto de Maceió

Uma falha de segurança no Porto de Maceió resultou na invasão e paralisação das atividades no cais comercial desde a manhã do último dia 20. A informação foi confirmada pela empresa Macelog Maceió Logística & Serviços Portuários Eireli, que comunicou oficialmente o episódio à Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (CONPORTOS).

Segundo a Macelog, o pátio do cais comercial permanece invadido e obstruído, impedindo o tráfego e o funcionamento das operações portuárias, o que já vem gerando prejuízos significativos ao setor. A empresa atribui o problema à permissão de acesso a trabalhadores avulsos não escalados, o que, de acordo com o comunicado, caracteriza uma falha grave nos protocolos de controle e segurança sob responsabilidade da Administração do Porto de Maceió (APMC).

A operadora informou ainda que havia alertado a administração portuária nos dias 16 e 20 de outubro sobre o risco de bloqueio, solicitando medidas preventivas que não foram suficientes para evitar a ocorrência. Em caráter de urgência, a Macelog pede que a CONPORTOS adote medidas fiscalizadoras e correcionais imediatas para restabelecer a ordem e a segurança no terminal.

Nota da Administração do Porto

Em nota de esclarecimento, a Administração do Porto de Maceió (APMC) afirmou que a paralisação atinge apenas a operação do navio Spar Pavo, sob responsabilidade da Macelog, e que as demais atividades do porto seguem normalmente.

De acordo com a APMC, o impasse decorre de uma divergência entre a Macelog e o Sindicato dos Estivadores, envolvendo a opção da operadora por utilizar exclusivamente empregados com vínculo por prazo indeterminado, em detrimento da mão de obra dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs).

A administração destacou que a questão está sendo debatida judicialmente e que os TPAs possuem liminar garantindo o direito de paralisação da categoria. Ressaltou ainda que medidas judiciais e administrativas estão em andamento para promover o diálogo entre as partes e buscar uma solução viável.

A APMC reforçou seu compromisso com a legalidade, a imparcialidade e a preservação do porto, afirmando que trabalha para restabelecer a normalidade da operação afetada no menor prazo possível.