Cidades
Crescem protestos contra falta de água que atinge bairros de Maceió
Protestos de moradores contra a falta de água em Maceió já viraram rotina. Sem medo de errar, podemos afirmar que são dois ou até três por semana, em diversos bairros da capital. Na tentativa de chamar a atenção da empresa concessionária BRK, a comunidade faz de tudo: fecha ruas e avenidas com galhos, entulhos e toca fogo em pneus.
Na semana passada, moradores do bairro do Jacintinho fecharam um dos trechos da Avenida Afrânio Lages, popularmente chamada de Leste-Oeste. Segundo a população, a falta de água é constante e os protestos são a única forma de serem vistos. Eles contam que ficam sem água por períodos superiores a quinze dias. De acordo com os moradores, uma bomba teria sido retirada do local e o abastecimento na Rua do Telégrafo e em outras ruas adjacentes não está sendo feito. Como o protesto fecha a rua, o restante da população logo chama o Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) para regularizar o tráfego.
Dias depois, foi a vez dos moradores da Chã de Bebedouro bloquearem as ruas também em protesto pela falta de água. Ao fecharem os dois sentidos da Avenida Jorge Montenegro, o fluxo do trânsito foi completamente interrompido.
A BRK atende os 13 municípios da Região Metropolitana de Maceió. Do total, 10 são concessões compartilhadas com a Casal, que é responsável pela produção da água distribuída pela empresa em Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Satuba e Santa Luzia do Norte. Apenas em Atalaia, Barra de Santo Antônio e Marechal Deodoro a BRK é responsável por todas as etapas de abastecimento de água.
Em nota, a BRK esclareceu que os casos de desabastecimento do Jacintinho e da Chã do Bebedouro estão associados a problemas pontuais em localidades específicas. “No Jacintinho, um dos bairros mais populosos de Maceió e com desafios históricos de infraestrutura, a situação foi registrada em apenas uma rua, onde menos da metade dos imóveis possuem ligações regularizadas”, detalhou.
Ainda conforme a BRK, além das irregularidades, a instabilidade no fornecimento de água foi ocasionada pela paralisação de um dos poços da Casal, responsável pela produção da água distribuída pela BRK na capital.
Com a identificação do problema, a Casal realizou a reposição de uma motobomba e a operação do poço foi retomada. Já na região de Chã do Bebedouro, a baixa vazão foi provocada por um vazamento de grandes proporções na Rua Marquês de Abrantes. A BRK atuou em uma manutenção emergencial de alta complexidade para resolver o problema.
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