Maceió completa 209 anos nesta quinta e ganhará de presente de aniversário a iluminação natalina que será inaugurada pela Prefeitura de Maceió, a partir das 16h30, na tradicional abertura oficial do Natal de Todos Nós, na Praça Gogó da Ema, na Ponta Verde.

A programação especial deverá encantar moradores e turistas de todas as idades durante o acendimento das luzes natalinas, a chegada do Papai Noel e as apresentações artísticas. Na ocasião festiva também será lançada a programação dos festejos natalinos na capital.

A celebração segue no final de semana e durante todo o mês de dezembro, quando a capital alagoana estará enfeitada de luzes e repleta de atividades em referência ao período natalino. A iluminação e decoração de Natal em Maceió já viraram tradição e são aguardados por moradores e turistas.

Para o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas – JHC – do PL, Maceió é a cidade de todos os alagoanos. “Esse é o presente e o futuro que seguimos construindo para os maceioenses. Colocamos Maceió no topo de investimentos e de lá nossa cidade não sairá”, afirmou o prefeito.

JHC adiantou que, para o próximo ano, vai trabalhar ainda mais para assegurar saúde para população, com o programa Saúde da Gente; educação, com a ampliação do Gigantinhos, maior programa da história de Alagoas para educação infantil; o BRT, o maior programa de mobilidade urbana do Estado, um investimento de R$ 2 bilhões, que vai beneficiar mais de 600 mil usuários do transporte público, conectando a parte alta à parte baixa da cidade em 50 quilômetros de novos corredores de ônibus. “Emprego e renda, habitação e infraestrutura também seguirão entre as nossas prioridades”, completou o gestor.

Os organizadores esperam uma multidão na orla para as comemorações do aniversário de Maceió.

Desfile de Natal promete ser atração na festividade

O desfile de Natal promete grande ser um espetáculo de cores e brilhos na orla de Maceió. Conforme a prefeitura, um verdadeiro espetáculo de magia está sendo preparado para envolver o grande público com danças, coreografias e performances típicas da época mais aguardada do ano e no cenário mais iluminado do Brasil.

Ao todo, serão seis apresentações neste fim de ano, com duração prevista de 45 minutos a uma hora. A primeira delas está programada para a abertura oficial do Natal de Todos Nós, nesta quinta. As demais apresentações ocorrerão aos domingos e também na véspera de Natal.

São mais de 100 artistas da terra, entre dançarinos, atores, músicos, circenses e produtores, desfilando no trecho desde a Praça Gogó da Ema, na Ponta Verde, até o Sete Coqueiros, na Pajuçara.

A parada será formada por diversos personagens natalinos, como os duendes, elfos, doces, presentes, orquestras, balés, ursos e, os mais especiais, que é o presépio vivo (no abre-alas) e a encenação da consagração de Jesus.

De acordo com a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), o Natal de Todos Nós também fomenta a economia criativa, empregando costureiras, artesãos, bordadeiras e maquiadores durante a preparação.

Este ano, parte dos figurinos dos artistas foi produzida com o filé das rendeiras do Pontal da Barra.

Programação conta com quatro pistas de patinação

Um dos grandes atrativos de Maceió são as quatro pistas de patinação no gelo. A primeira delas, no Parque Centenário, no Farol, começa a funcionar nesta quinta-feira (5).

Além do Parque Centenário, outros espaços localizados na Pajuçara (no estacionamento ao lado do Memorial Teotônio Vilela), no Vergel do Lago (Parque Linear), e no Parque Linear do Benedito Bentes estão sendo montados, e deverão começar a funcionar nos próximos dias.

No Parque Centenário o equipamento funcionará de quinta a domingo, até o dia 18 de janeiro, das 18h às 22h, e podem ser acessados de forma gratuita. Basta se dirigir a uma das pistas, ficar na fila e aguardar para entrar nos espaços.

O Pontal da Barra, Centro, Ipioca, Vergel do Lago, Jacintinho, Tabuleiro do Martins, Clima Bom e Benedito Bentes também receberão o Natal iluminado da Prefeitura de Maceió.

No total, serão instaladas 12 árvores de Natal em pontos estratégicos de diferentes bairros da cidade, 439 painéis luminosos em postes e 18.850 metros de pisca-pisca.

Historiador destaca os mais de dois séculos da cidade

O professor doutor titular do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e coordenador do Observatório Alagoas do Sul de Pesquisa, Ensino e Extensão, Fabiano Duarte, lembrou que Maceió nem sempre foi a capital, e isso é um importante destaque histórico.

“A primeira capital foi a Alagoas do Sul, hoje, Marechal Deodoro, e no século XIX, depois de muitas lutas políticas administrativas e conflitos, inclusive armados, a capital e o cofre público saíram da então Alagoas do Sul, e vieram para Maceió. E Maceió, obviamente, com seu desenvolvimento econômico, comercial, a sua posição geográfica, a questão do porto, do Jaraguá, favoreceu esse fato histórico que a gente poderia destacar ao longo do seu desenvolvimento”, rememorou.

Fabiano Duarte destacou que, ao longo desses mais de dois séculos, Maceió é um grande produto histórico, geográfico, cultural, social, de um capitalismo tardio, dependente e escravocrata, localizado na periferia da periferia do grande mercado mundial capitalista.

“Esse é um primeiro destaque que a gente não pode deixar de ressaltar. E com todas essas contradições e dialética de desenvolvimento, Maceió cresceu no entorno da Laguna Mundaú e depois das orlas das praias de Pajuçara e Ponta Verde, onde se destaca o movimento do desenvolvimento econômico e dos interesses da elite pelo território da cidade”.

Ele explicou que com o passar do tempo, os bairros foram mudando o seu perfil. No primeiro momento muito ligado à produção açucareira, o bairro de Bebedouro era um bairro tradicional das elites até o século XIX. Isso vai mudando até chegar, saindo ali da Orla Lagunar até chegar aos dias de hoje, na virada do século, na segunda metade do século XX, acontece esse desenvolvimento da especulação imobiliária nas orlas da praia de Pajuçara, Porta Verde, Jatiúca, indo pro litoral norte e hoje já vai pro litoral sul também.

“O desenvolvimento de Maceió é muito ligado à sua geografia. Claro, ligado à economia, mas principalmente à geografia. Então, Maceió é uma cidade, como diria o grande saudoso Dirceu Lindoso, é uma cidade anfíbia. Uma cidade que tem muitos rios, riachos, uma cidade restinga. O que mostra como o capitalismo foi perverso com o desenvolvimento”, afirmou.