Cidades
Centro de Maceió tem cerca de 50 imóveis abandonados
Embora dados não estejam atualizados, estimativa da Aliança Comercial é de que números continuam aumentando

O Centro de Maceió tem cerca de 50 imóveis abandonados, segundo a Aliança Comercial. “Não temos atualização recente do número de imóveis abandonados, mas são dezenas, tanto de propriedade pública quanto privados, e estão aumentando. Acredito que hoje temos entre 40 e 50 imóveis nessa condição”, afirmou o diretor da entidade Marcos Albuquerque.
Segundo Albuquerque, são diversos os motivos que levam ao abandono e a população toda sofre com o inconveniente desses prédios abandonados.
“Em função da perda de fluxo em algumas ruas, imóveis deixam de ser alugados e outros perdem atratividade e fecham. Sem dúvida, urbanisticamente é ruim, a questão de saúde pública é ruim, além de que, prédios abandonados dão impressão de terra arrasada. Então, tem um hoje, amanhã têm dois, daqui a pouco a rua toda está fechada, assim bem explica a teoria americana: broken windows theory. No português: teoria das janelas quebradas”, disse Marcos Albuquerque.
Para a presidente da Aliança Comercial, Andreia Geraldo, é necessário sensibilizar o poder público para cuidar desses prédios abandonados. “Historicamente, é uma luta da gente enquanto entidade para sensibilizar o poder público porque só existem pontos negativos e gravíssimos com relação a esse abandono. É um problema gravíssimo que, historicamente, a gente vem pontuando gestor público a gestor público e nada se faz”, afirmou.
Entre os pontos negativos, Andreia Geraldo destacou a integridade física de quem frequenta o comércio de Maceió. “O primeiro de tudo é a integridade física das pessoas porque há risco de desmoronamento a qualquer instante. Tem também a questão de ser uma porta aberta para a criminalidade no Centro da capital. Isso degrada a imagem do Centro, do maior centro comercial do nosso estado”, disse.
Trabalhadores da região reclamam dos riscos causados pelo abandono
Quem trabalha no Centro e convive, diariamente, com a situação de abandono de diversos prédios reclama dos riscos. Entre eles, a presença de animais peçonhentos, do mosquito Aedes aegypti e a questão da insegurança.
“Em cima das marquises, fica cheio de água e enche de mosquito. Tem dia que a gente não aguenta trabalhar de tanto mosquito, tem que passar repelente porque a dengue está assolando. Também tem um monte de animal e inseto como cobra, escorpião e até macaco sagui. Fora o risco de acontecer algo com a gente porque aquele prédio do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] mesmo, antes de ser fechado e colocar um rapaz para olhar, era morte direto, e a gente que trabalha na rua fica com medo de ser arrastado e levado para um prédio desse”, afirmou a comerciante Marluce Iraci.
Para o comerciante José Manoel dos Santos, os prédios poderiam ser reaproveitados para lazer ou até mesmo para o próprio comércio. “Não pode ficar assim dentro do comércio um prédio abandonado, leva chuva e sol, é perigoso a estrutura cair. E são vários prédios nessa situação. Tem uns que começam a reformar, mas depois param e continuam abandonados. Poderiam fazer algo de lazer, revitalizar e atrair mais gente para o Centro ou colocar os ambulantes, montar uma estrutura como o Shopping Popular nesses prédios abandonados”, disse.
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