Cidades
Cai número de incêndios em Alagoas, apontam dados dos Bombeiros
Este ano, corporação atendeu 385 chamados para apagar fogo em imóveis, veículos e vegetação contra 486 em 2021

As ocorrências de incêndios em imóveis, veículos de passeio e vegetações reduziram em Alagoas. Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL), foram 385 registros, sendo 168 em imóveis residenciais, 93 em imóveis comerciais, 63 em veículos de passeio e 61 em vegetações, até a última segunda-feira (17). No mesmo período de 2021, foram 486, sendo 180 em residências, 91 em estabelecimentos comerciais, 94 em veículos de passeio e 121 em vegetações.
Apesar da redução, foram registrados diversos incêndios neste mês de outubro, sendo dois deles de grandes proporções. No início do mês, um incêndio de grandes proporções atingiu o entorno do Mercado da Produção, no bairro da Levada, em Maceió. Algumas barracas foram destruídas e comerciantes tiveram prejuízos. Vale lembrar que não foi a primeira vez que um grande incêndio atingiu o Mercado da Produção ou suas proximidades.
Menos de 48 horas depois, um outro incêndio de grandes proporções foi registrado, no Centro de Reciclagem do antigo lixão de Maceió, no bairro São Jorge, e deixou um homem de 44 anos ferido, com queimaduras de grau II nas pernas. O incêndio demorou cerca de cinco horas para ser debelado, em razão da grande quantidade de plástico, material de fácil combustão, no local.
Na última quarta-feira (12), um incêndio atingiu uma vegetação na AL-101 Sul, perto do trevo do Francês, em Marechal Deodoro. No dia seguinte, um veículo que pegou fogo e ficou totalmente destruído no Porto de Maceió, no bairro do Jaraguá. O corpo de Bombeiros foi acionado e informou que o carro estava completamente tomado pelas chamas quando a equipe chegou ao local.
No final do mês de setembro, um incêndio de grandes proporções atingiu a área dos tanques de etanol da Usina Caeté, localizada no município de São Miguel dos Campos, no interior de Alagoas. Dois funcionários ficaram feridos. Um deles apresentou ferimentos leves e foi atendido no ambulatório da usina. Já o outro sofreu queimaduras de 1º e 2º graus, sendo conduzido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
O incêndio foi controlado por 16 militares do Corpo de Bombeiros, que contaram com o apoio de 12 caminhões-pipa da própria usina, após mais de cinco horas de trabalho.
De acordo com o 1º sargento BM Jefferson Alexandre, são várias causas que levam à ocorrência de incêndios em imóveis, veículos e vegetações. Nos imóveis residenciais e comerciais, as principais causas são eletricidade, inflamáveis, vazamento de gás e panelas esquecidas. Mas, nessa época de clima mais quente, a incidência maior é de incêndios provocados por curto-circuito.
“Os curtos-circuitos são os principais causadores de incêndio, tanto em residências quanto em estabelecimentos comerciais. Pode ser em virtude de instalações malfeitas, fiação antiga ou sobrecarga. Além dos aparelhos que ficam ligados por muito tempo sem ventilação adequada, que acabam superaquecendo, e o uso dos famosos Ts, que são adaptadores que permitem o uso de vários aparelhos ao mesmo tempo, podendo gerar um aquecimento e se tornar extremamente perigoso”, disse.
Casos em vegetação são mais frequentes nesta época
Já os incêndios em vegetações, segundo o militar, costumam ocorrer com maior frequência nessa época do ano e podem ter causa humana acidental ou criminal.
“Tem aquelas pessoas que tentam limpar o terreno tocando fogo para economizar dinheiro ou não têm dinheiro para usar máquinas ou pagar alguém e aí perde o controle. A nossa grande problemática também é que as pessoas têm consciência disso. Como, por exemplo, as pessoas que acampam devem fazer fogueira longe de locais nos quais podem propagar incêndio em vegetação, não jogar bituca de cigarro. Então, devem estar atentas a todos esses atos que podem resultar em incêndio em vegetação”, explicou.
Ainda de acordo com o 1º sargento BM Jefferson Alexandre, é importante que a população denuncie os incêndios em vegetação, por meio do 190 e do 193.
“Quando há um incêndio em vegetação, não é somente a parte vegetal, estamos também destruindo habitat de animais, causando a morte de animais como tejus, cobras e outros que muitas vezes ficam ali confinados no meio do fogo. Então, qualquer denúncia deve ser feita para a Polícia Militar, através do 190, que aciona o Batalhão de Polícia Ambiental, e para o Corpo de Bombeiros, através do 193, que tanto realizamos o combate às chamas como também somos um canal de recebimento de denúncias para que desencadeie alguma operação ou algum tipo de atividade em relação a essas denúncias”, afirmou.
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