Cidades
Corpos se acumulam no IML desde 2018
Sede do instituto em Maceió já acumula 150 cadáveres que não foram procurados por familiares para sepultamento
O Instituto Médico Legal (IML) de Maceió enfrenta, desde 2018, problemas com o acúmulo de corpos não reclamados, não procurados para sepultamento. Atualmente, o número já é de 150 cadáveres. Segundo o diretor do instituto, Diogo Nilo, o problema se agravou semana passada, quando um contêiner que acondicionava 50 corpos apresentou defeito.
O diretor relatou que a situação atrapalha a dinâmica de trabalho do instituto. “Então, estamos apelando aos municípios que recebam esses corpos para sepultamento. Entre esses corpos estão pessoas identificadas, que foram encontradas com algum tipo de documento, e não identificadas. Mas, mesmo os não identificados, sabemos onde foram encontrados. Então precisamos de uma força-tarefa desses municípios para que sepultem os mortos”, afirmou Nilo.
Nilo disse ainda que, dos 150 corpos, cujos familiares não apareceram para reclamar e sepultar, 60 foram encontrados em Maceió. Os outros são dos demais municípios alagoanos. “Sabemos do problema enfrentado pela capital alagoana, com a falta de espaço nos cemitérios públicos, por isso precisamos da união de forças para resolver a situação”, afirmou o diretor.
MP busca medidas urgentes para o problema
Nesta segunda (18), o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, recebeu a promotora de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial da capital, Karla Padilha, e o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Elias Oliveira, com o propósito de discutir medidas de urgência que contribuam para solucionar o problema da superlotação do IML.
Entre as medidas que buscam a solução para o problema, o MP/AL realizará tratativas junto aos municípios, para que sepultem os corpos de pessoas que são naturais de suas cidades. Durante o encontro, que aconteceu na sede do MP, o procurador-geral de Justiça comprometeu-se em provocar as prefeituras para que assumam o sepultamento dos corpos não procurados.
O procurador disse que a situação é emergencial, podendo, o instituto ficar sem condições de receber novos corpos. Por isso, iria tratar o assunto com os gestores das 29 prefeituras que possuem relação com a causa. “Vamos pedir para que essas cidades providenciem o sepultamento dos seus munícipes, uma vez que o IML possui essa relação e sabe identificar de onde veio cada um deles”, afirmou.
COOPERAÇÃO
Outra medida que também deverá ser adotada brevemente pelo Ministério Público, trata-se da elaboração de um termo de cooperação, assinado com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), para que, após a realização dos exames cadavéricos pelo IML de Maceió e de Arapiraca, os corpos sejam recolhidos e sepultados pelo Poder Municipal, da localidade de procedência do morto.
O maior número de cadáveres não reclamados é da capital, que é seguida por Rio Largo com quatorze corpos. Os demais municípios se dividem com três ou quatro corpos. (S.V.)
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