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Fábrica Carmen será revitalizada

Espaço em Fernão Velho deve ser transformado em museu ecológico a céu aberto, unindo cultura, lazer e preservação

Por Assessoria 16/02/2022 11h29 - Atualizado em 16/02/2022 11h47
Fábrica Carmen será revitalizada
Espaço vai preservar cultura, história e meio ambiente Secom Maceió - Foto: Secom Maceió

Alinhar revitalização à preservação patrimonial e ambiental da antiga Fábrica Carmen, em Fernão Velho, para promover cultura, história, lazer e geração de renda à população de um dos bairros mais antigos de Maceió. Esses são os desafios do Grupo de Trabalho que vai pensar a reativação do espaço e teve ontem (15) a primeira reunião.

O GT é formado por seis coordenações, que vão trabalhar em conjunto, para garantir o melhor aproveitamento do espaço da fábrica e da área de mata atlântica que a circunda. Além da coordenação geral, sob a responsabilidade do gerente da Zeladoria Municipal, Fábio Palmeira, foram criadas as coordenações de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Projetos de Arquitetura e Engenharia, Patrimônio, Ambiental e Jurídica.

Como reforça o coordenador geral, a ideia do grupo multidisciplinar, envolvendo vários órgãos e secretarias municipais, é garantir que todos os requisitos legais e de viabilidade sejam atendidos e o aproveitamento do local seja totalmente sustentável.

“Por se tratar de um projeto complexo, de cunho histórico e ambiental, queremos entregar para a sociedade uma nova área de lazer, ambientalmente correta e historicamente preservada. Iremos pensar também no desenvolvimento sustentável, econômico, não apenas do local em si, mas abraçando todo o bairro”, explicou.

A intenção do Município é que a antiga Fábrica Carmen, que deu vida ao bairro de Fernão Velho no início do século passado, seja um museu ecológico a céu aberto e um núcleo de artes, com áreas para exposição de artes, oficinas, pedalinhos, dentre outras atividades.

O lugar guarda um tesouro paisagístico, formado por dois açudes naturais e uma área de vegetação fechada, que fica por trás da edificação onde funcionou a empresa.

Para a coordenadora de Patrimônio, Adeciany Souza, a fábrica mesmo em estado de abandono, ainda preserva parte de sua integridade, que deverá ser mantida. Além dela, as casas no entorno, que formam as vilas operárias, ajudam a contar a história de um período em que Maceió tinha a rota do algodão, passando inclusive pelo Porto de Jaraguá.

Tudo isso será integrado ao projeto, assim como a própria comunidade, de forma a valorizar o bairro e os moradores. “Temos que pensar um parque integrado, um projeto voltado para o uso da comunidade, com oficinas, capacitação profissional, de forma que teremos um grande ganho tanto para Fernão Velho como para a cidade de Maceió”, avaliou.

A integração econômica da comunidade será planejada pelo coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Eduardo Monteiro. Ele explica que no primeiro momento, a intenção do Município é estimular o microempreendedorismo da população do bairro, a partir de um estudo de viabilidade econômica.

Já a questão ambiental fica por conta do coordenador da área, Valdir Martiniano. Ele ressalta que a região é uma Área de Proteção Ambiental de extrema relevância para Maceió, que concentra boa parte dos aquíferos que abastecem a cidade, o que demanda um alto nível de responsabilidade para as intervenções.

Na parte jurídica, fica responsável o coordenador Hugo Fonseca, que encabeçará os trâmites para desapropriação da área e, em seguida, os processos “guarda-chuva”, necessários para as alterações no local.