Cidades
Vendas de adereços e produtos para o Carnaval são tímidas
Pandemia e suspensão dos festejos deixam lojistas do ramo mais cautelosos em investir nos itens típicos da época

A pandemia deixou os lojistas do ramo de adereços e demais produtos consumidos no carnaval mais cautelosos. Paulo Henrique Lira, proprietário de uma loja do segmento no Centro de Maceió, disse que investiu pouco na renovação de produtos para o Carnaval este ano.
Com a suspensão do evento em mais um ano por conta da pandemia, o empresário observou que tem sentido impacto nas vendas e por esta razão ainda há estoque dos anos anteriores. Para a economista Luciana Caetano, o fato demonstra que não se pode haver investimentos em novos produtos tendo em vista que a queda nas vendas será de aproximadamente 90% neste segmento.
Ela lembrou que o carnaval foi cancelado em todo o país, então não tem o menor sentido comprar mais produtos para este evento. Comentou que até tem visto algumas lojas colocarem, mas em Maceió, por exemplo, não vai ter festa carnavalesca na rua.
A economista Luciana Caetano frisou que muitos alagoanos saem do estado com destinos a outros como Bahia e Pernambuco, este principalmente que geralmente há uma grande demanda por fantasias e adereços. “Mas este ano também não haverá carnaval nestes estados”, pontuou.
“Mesmo que os comerciantes tentem se livrar desses estoques vai demorar, porque tiveram a expectativa que 2021 tivesse carnaval e não teve, agora de novo e em relação a 2023 também continua a incerteza, ninguém imaginou no ano passado que estaríamos nesta situação de agora. Se eu fosse comerciante não compraria uma linha que tivesse relação com festa de carnaval, porque há uma tendência de restrição, embora exista alguma demanda para algumas famílias que querem decorar casa, mas acho que nem seja o clima de antes”, salientou.
“Talvez algumas pessoas ainda insistam em organizar carnaval fechado, se eu fosse a prefeitura multava diante das circunstâncias atuais com a previsão de pico da pandemia no mês de março com o nível maior de transmissão da ômicron”, salientou a economista.
Luciana Caetano acrescentou que a opção é investir em promoções e queima de estoque, já que as pessoas gostam de guardar fantasias por um bom tempo. “É vender pelo preço que não dê prejuízo e nem lucro, mas que faça o capital circular, direcionando os recursos para os produtos que estão sendo demandados atualmente”, ponderou.
Quem trabalha com aluguel de fantasias e que precisa destes estabelecimentos para atualizar seu catálogo tem sentido uma carência grande para encontrar mercadorias no comércio.
“Fui ao Centro para complementar as fantasias e está faltando muita coisa, além dos poucos que tem estarem muito caros. Pesquisei em pelo menos quatro lojas e achei muito pobre os produtos este ano”, frisou Maria Mendonça, que tem loja de aluguel de fantasia. “Comprei porque foi necessário comprar, mas tive dificuldades de encontrar e com a média de preço que tinha antes”, acrescentou.
Maria Mendonça ressaltou que embora o carnaval tenha sido cancelado em Maceió e municípios do estado, alguns grupos e condomínios, além das festas privadas têm a procurado para agendar aluguel.
“A procura tem sido grande agora, diferente dos anos anteriores, quando a pandemia estava mais grave e sem vacina. Com a volta às aulas, este mês vem sendo bastante movimentado, principalmente nas escolas particulares, que não deixou a gente perder o faturamento”, destacou.
“Para quem aluga fantasia o prejuízo não tem sido grande, as turmas de 3º ano todos os meses fazem trote e tem também as festinhas de aniversário que geralmente o pessoal usa o tema: carnaval. Bem como os bailinhos com a família em casa mesmo”, salientou.
Ainda de acordo com ela, pequenas festas acontecendo sempre estão dando algum lucro, porque embora sejam pequenas são constantes. “E a gente vai aproveitando esses momentos para finalmente retomar a vida”, mencionou.
AMA
Cerca de 62 municípios alagoanos cancelaram as festas do Carnaval, sobretudo aqueles que as festas costumam se concentrar em determinados polos, que já tem tradição na época carnavalesca.
Como o cenário se manteve, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), prefeito Hugo Wanderley, continua com o mesmo discurso: "Diante do que estamos vendo e analisando, recomendamos prudência. A pandemia da Covid-19 ainda não acabou. Estamos acompanhando dados técnicos sobre todo esse cenário e espera-se mais uma onda de Covid-19. A vacinação avança e precisamos seguir atentos aos casos e aos números".
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