Cidades
Esgoto a céu aberto em condomínio tira sossego de moradores
Problema estrutural que se estende desde 2015 já foi parar até no Ministério Público, mas ainda segue sem resolução

O esgoto a céu aberto tem provocado à intensa queixa de moradores do Condomínio Residencial Industrial Ernesto Maranhão, no Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió. Segundo o sindico, o problema se alastra desde 2010, e em 2015 a situação piorou precisando a administração do condomínio colocar a Caixa Econômica Federal, responsável pela manutenção e obra do espaço na justiça.
“Enfrentamos esse problema com o esgotamento sanitário existentes em todo o condomínio há bastante tempo. E isso só têm se agravado. Quando chove a situação piora, por isso, buscamos ajuda do MPE [Ministério Público Estadual] e ganhamos a causa em primeira instância, mas com a demanda atual do órgão estamos aguardando o desfecho desse ‘processo’, com isso precisamos buscar um advogado afim de termos celeridade, pois do jeito que está não pode continuar’’, expõe Diego Giovanni, sindico do residencial.
Giovanni diz que a situação ficou tão grave que parte de uma rua do condomínio precisou ser isolada porque começou um processo de erosão na calçada. “Como vocês podem notar a água fica parada e quando chove invade as ruas e calçadas e isso é em quase todo o condomínio. Se não bastasse, ainda existe o problema com insetos como os mosquitos e a água tem um mau cheiro que incomoda todos os moradores. Inclusive já tivemos vários relatos de crianças que adoeceram por conta do contato com o esgoto – até casos de dengue entre moradores’’, conta.
O policial militar Nilton Santos, que é morador do residencial confirma as reclamações do síndico e diz que nos últimos cinco anos a situação se agravou e teme que se nada for feito, o esgoto comece a invadir as residências.
[caption id="attachment_424498" align="aligncenter" width="609"] "É difícil até reunir a família para um simples lanche por conta do mau cheiro'', comenta o morador Nilton Santos (Foto: Edilson Omena)[/caption]“Já são mais de cinco anos nessa situação terrível. E isso aqui não foi dano causado por morador não. È dano que já veio da construção. Então, procuramos nossos direitos junto aos órgãos competentes para nos ajudar a minimizar o problema – às vezes nãos podemos ficar na sala de casa, na casa comendo que sobe um odor insuportável. Pedimos que nos ajude a mudar essa situação’’, crítica o morador.
O síndico diz que a Caixa já reconheceu o erro e faz algumas medidas paliativas, mas que não resolvem o problema. “Eles enviam dois caminhões de limpeza do esgoto por dia, mas isso não resolve a situação. A demanda é grande. Estão apenas prolongando o problema’’.
https://www.youtube.com/watch?v=uIgd2m2nyBg&t=138sA reportagem solicitou respostas da Caixa Econômica sobre a resolução definitiva do problema. Em nota, a instituição informa que instalará a Estação de Tratamento de Esgoto no Residencial Ernesto Gomes Maranhão, e para isso contratou a Empresa K.S. da Rocha Empreteira LTDA. As obras serão iniciadas após a expedição das licenças de operação e outorga dos órgãos ambientais.
A Caixa ressaltou que atualmente vem custeando a limpeza das fossas diariamente, de segunda à sábado, uma vez por dia, o que será assumido pela construtora a partir do início da obra. No entanto, não deu nenhum prazo para iniciar os trabalhos.
Atualizado às 16h11Mais lidas
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