Cidades

Álcool gel e máscaras: redes de farmácias intensificam reposição

Pedido ao fornecedor é diário porque produtos acabam rápido; um dos itens não foi encontrado nos estabelecimentos visitados

Por Lucas França com Tribuna Independente 11/03/2020 09h20
Álcool gel e máscaras: redes de farmácias intensificam reposição
Reprodução - Foto: Assessoria
De acordo com gerentes farmacêuticos das principais redes de farmácias e drogarias em Maceió, com a procura intensa de álcool gel e máscaras, por conta do novo coronavírus (ncov-2019), pedido dos itens para reposição de estoques são constantes. Em um das redes, a solicitação pelo produto junto ao fornecedor é diária. O farmacêutico Arthur Fellipe Falcão, da Casa do Médico, disse que a demanda pelos produtos começaram a crescer logo depois do Carnaval. “Teve um aumento na procura fazendo o estoque cair. Tivemos que fazer o abastecimento. Como ainda a procura continua constante estamos sempre reabastecendo o estoque para poder ofertar os produtos”, lembra Falcão. Segundo o profissional, entre o dia 28 de fevereiro até o momento, já foram solicitados em média três pedidos para os fornecedores. “O abastecimento do álcool gel voltou – ainda temos algumas unidades. Mas as máscaras não tem nenhuma. As pessoas compram em grande quantidade. Estamos aguardando o fornecimento delas – porque a procura é maior por elas do que mesmo pelo álcool gel. Inclusive, nos próprios fornecedores teve um aumento de pedidos e acréscimos no valor do material. E, por isso, os valores já começaram a serem repassados com um pequeno reajuste para o consumidor’’, disse Fellipe O farmacêutico acrescenta que muita gente acaba comprando também sabonete antisséptico para lavar as mãos como complemento da prevenção. A reportagem da Tribuna Independente voltou ontem (10) em algumas farmácias de redes que estavam com estoques zerados conforme matéria publicada no dia 29 de fevereiro para mostrar como está a demanda e oferta do produto atualmente. Segundo a gerente farmacêutica de um dos estabelecimentos visitados anteriormente, Daniele Amorim, a situação continua a mesma. “A procura continua, mas não temos os produtos. Os pedidos para o fornecedor são feitos diariamente. Mas, como a demanda aumentou também para os fabricantes, temos que ficar no aguardo’’, conta Amorim. Em outra rede, a gerente de uma das lojas, localizada na Avenida Menino Marcelo, no Bairro da Serraria, ressalta que a venda dos produtos mais que triplicou se for comparar com meses anteriores, quando doença não tinha sido divulgada na imprensa. “A demanda que tínhamos antes não é a que temos agora. Quando chega logo acaba. Por isso, os pedidos são constantes ao fabricante/distribuidor. Atualmente vendemos cerca de 15 álcool em gel por dia. Se chegam 15, eles são vendidos. Hoje mesmo [ontem, 10] só estamos com essas quatro unidades. E máscaras não temos mais nenhuma’’, conta a gerente que preferiu não se identificar por conta das normas da empresa. Nesta rede, ainda não houve reajuste nos itens. Mas a gerente não descarta a possibilidade do fabricante reajustar nos próximos pedidos. “Aqui, por exemplo, tivemos um acréscimo em média de 200% nas vendas desse produto após o período de Carnaval – antes a procura já tinha iniciado após o surgimento do primeiro caso suspeito no país, mas logo em seguida ficou intensa’’, explica à entrevistada. ESTRATÉGIA Em um dos estabelecimentos, a atendente disse que foi criado um planejamento de vendas. “Chega e acaba muito rápido, então estamos colocando metas de vendas por cliente. Porque uns acabam comprando em grandes quantidades e outros acabam ficando sem. Então, estamos deixando em estoque algumas unidades para podermos ofertar aos nossos clientes”.