Cidades

Menores serão ouvidos para apurar possíveis maus tratos

Doze crianças e adolescentes adotados em Goiás e trazidos por casal para Marechal são encontrados em situação insalubre

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 01/08/2019 08h47
Menores serão ouvidos para apurar possíveis maus tratos
Reprodução - Foto: Assessoria
As crianças e adolescentes encontradas em situação de insalubridade e abandono no município de Marechal Deodoro devem começar a ser ouvidas nesta quinta-feira (1º) pela Justiça. As doze crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos, estão na Casa Lar após serem retiradas pelo Conselho Tutelar. Elas devem permanecer no local para o cumprimento das próximas etapas do caso. De acordo com o delegado, Ricardo Menezes, responsável pelo cumprimento do mandado, a situação das crianças e adolescentes foi constatada “por acaso”. É que as equipes estavam cumprindo um mandado de busca e apreensão de documentos solicitado pela Justiça de Goiás. Já que o casal responsável pelos menores responderia a processo por lá. Segundo a Polícia Civil (PC) o processo corre em segredo de Justiça. Ao chegar aos locais indicados, Polícia Civil, Ministério Público Estadual (MPE) e Conselho Tutelar se depararam com o ambiente impróprio, as crianças e adolescentes sem a mínima condição de higiene e sem alimentos. “Inicialmente nós não fomos cumprir nenhum mandado de prisão, nós não tínhamos nada contra o casal. Esse casal responde por um processo lá em Goiânia, não sabemos o motivo porque corre em segredo de Justiça. E a Justiça de Goiânia pediu apoio à Justiça de Marechal para fazer a busca e apreensão no endereço que esse casal se encontrava para poder localizar documentos. Para localizar documentos relativos às crianças. O pedido foi busca e apreensão de documentos”, informou o delegado. No primeiro imóvel, o pai adotivo residia com os adolescentes. Ele foi encaminhado para a delegacia e assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. Já na segunda residência, cinco crianças foram encontradas sozinhas, dormindo no chão. A mãe adotiva está foragida e vai responder por abandono de incapaz. “Ao chegarmos lá no endereço constatamos que o local não oferecia condições para os menores estarem habitando. O pai respondeu a um TCO por deixar de cumprir as obrigações de poder familiar, não havia mandado de prisão contra ele. Ele vai responder em liberdade. No segundo endereço seria a mesma situação. A mãe estando lá responderia em liberdade e as crianças conduzidas pelo Conselho Tutelar. Mas como ela não estava na residência, a gente não sabe porque motivo, a situação foi considerada abandono de incapaz, foi instaurado um inquérito policial para apurar. No momento ela se encontra foragida”, explicou o delegado.