Cidades
Bairro do Pinheiro pode ficar até 3h por dia sem energia por conta de estudos do solo
Testes feitos neste sábado vão determinar se haverá ou não desligamento nos próximos dias
08/02/2019 19h50
Geólogo da CPRM acredita que existe risco de acidentes (Foto: Adailson Calheiros)
“Pode sim acontecer um acidente grave sem aviso prévio”, disse a CPRM A CPRM explicou que a partir de agora estará permanentemente no bairro, inclusive no período de chuvas. “Não sairemos do bairro do Pinheiro. Estamos com a população”, disse Thales Sampaio. Mas orienta que a população deixe suas casas antes do período chuvoso. “Pode sim acontecer um acidente grave sem aviso prévio. A natureza está avisando que alguma coisa especial está acontecendo no bairro do Pinheiro”. Mas não prevê uma saída definitiva. “Passada a chuva, as pessoas poderão voltar para suas casas”. Ele relatou que tem sido feito o mapeamento de áreas de risco em todo o Brasil desde 2011, até agora já passaram por 1680 municípios. A equipe da CPRM esteve em Maceió em 2017, mas naquela ocasião o Pinheiro não estava entre as áreas de risco. “Estivemos nas encostas, como o bairro do Mutange, uma área de risco clássica”. Um ano depois da visita, com o tremor sentido pela população, eles foram chamados de volta para nova avaliação. “O Pinheiro é diferente de todas as áreas de risco que já vimos, não fica em regiões como as encostas”. Os primeiros técnicos da CPRM chegaram em março de 2018, em junho a equipe foi reforçada e em janeiro chegou um número maior de especialistas. “Os 53 melhores técnicos do país estão aqui”, garantiu. Até agora, já foram feitos estudos de 100 metros de profundidade, com detalhes. Geofísicos e geólogos agora vão além, para atingir até 1500 metros. “Precisamos saber se o que estamos vendo na superfície tem relação com o subsolo, e até que profundidade. Sabemos que está atingindo até 80 metros, mas chega a 1500? Vamos ultrapassar a camada de sal”, disse o geólogo. Também estão sendo avaliadas imagens de satélite. Uma empresa italiana tem imagens com precisão de várias regiões do mundo, e eles tem o bairro do Pinheiro, com muitos detalhes. Foram compradas imagens dos últimos 2 anos para tentar estudar com precisão o momento do tremor. Mas os moradores informaram que o problema das rachaduras já está acontecendo há 10 anos, portanto eles compraram as imagens dos 10 anos para estudar e quantificar o quanto modificou. Se desceu, subiu ou até se movimentou para os lados. Esse estudo deve ser concluído até o final de fevereiro. Não vai ajudar a identificar as causas, mas a compreender os movimentos.Mais lidas
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