Cidades

Oficina ensina mães a produzir ‘calças de posicionamento’

Recurso pode ser usado por qualquer criança, principalmente antes de começarem a andar; no caso de crianças com deficiências motoras, os benefícios são ainda maiores

Por Secom/Maceió 03/09/2018 10h41
Oficina ensina mães a produzir ‘calças de posicionamento’
Reprodução - Foto: Assessoria
Alguns recursos simples, que podem ser produzidos manualmente, auxiliam na reabilitação e também estímulo de movimento e visão das crianças. Este é o caso das calças de movimentação. Visando ensinar às mães como fazer o material, a equipe do Centro Especializado de Reabilitação (CER) III, do PAM Salgadinho, realizou uma oficina de como produzir estas calças, na tarde da última sexta-feira (31). A oficina foi ministrada pela terapeuta ocupacional do CER III, Rita Klusener, mas contou com o apoio de toda a equipe multidisciplinar, desde a coleta de materiais até a produção de enfeites para as calças. A terapeuta explica que o recurso pode ser usado por qualquer criança, principalmente antes de elas começarem a andar. No caso de crianças com deficiências motoras, os benefícios são ainda maiores. “As mães geralmente têm dificuldades com relação aos recursos para posicionar melhor os bebês e também para mobilizar e posturar do jeito que a gente pede, então a calça de posicionamento, conhecida como calça da vovó, facilita na hora de dormir, colocar de barriga para baixo, ajuda a mãe a ficar mais livre para brincar com as crianças e também para que a criança vivencie, em alguns momentos, sozinha a mudança de posicionamento”, frisou Rita. Evellyn Vitória, de 5 meses, teve uma lesão no braço após o parto que a impedia de realizar qualquer tipo de movimentação. De acordo com a mãe da menina, Josicleide Santos, este é um dos recursos utilizados durante a fisioterapia e que auxiliam na recuperação da criança. “Tentei fazer uma em casa e não consegui, aí me interessei em participar dessa oficina, porque ajuda bastante e ela gosta de ficar nela. Vai ajudar a querer apoiar o braço, como ela [a terapeuta] me ensinou, aqui eu vejo ela fazendo e em casa eu também quero fazer”, contou Josicleide. Para Eliene Alves, mãe de Nathaly Oliveira, o recurso é uma novidade. A menina de dois anos, portadora de microcefalia e hidrocefalia, é participante do grupo de acolhimento Ciranda do cuidado, que auxilia crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus/Microcefalia. “Acho que vai ser um benefício muito grande. Eu nem sabia disso, mas quando fui convidada eu já aceitei, porque onde eu puder ir para o bem dela, estou acompanhando. Aí estou aqui preparando a calça, sabendo que é pra ela vou caprichar ainda mais”, destacou Eliene.