Brasil

YouTube começa a colocar alertas para combater vídeos de fake news no Brasil

YouTube exibe painel de informações para desmentir teorias da conspiração, e avisa se canal for financiado por um governo

Por Tecnoblog 26/11/2019 16h30
YouTube começa a colocar alertas para combater vídeos de fake news no Brasil
Reprodução - Foto: Assessoria
O YouTube adicionou nesta terça-feira (26) dois recursos para tentar conter a disseminação de notícias falsas no Brasil: um painel de informações para desmentir teorias da conspiração, com a devida checagem de fatos; e um aviso se o canal for financiado por um governo ou órgão público. O Google diz que ambas as novidades estão sendo distribuídas aos usuários. O painel de informações aparece quando o usuário pesquisar "tópicos propensos a teorias da conspiração", segundo o YouTube. Como exemplo, temos o boato de que água quente de abacaxi cura câncer (não cura); e que a causa da microcefalia em bebês é o larvicida que combate o mosquito do zika vírus (a causa é o vírus). O recurso ainda não está ativo para mim, mas imagino que outros assuntos também receberão um painel, como as teorias da terra plana, 5G que mata pássaros, entre outras bobagens. Além disso, o YouTube promete incluir assuntos que possam rapidamente se tornar alvo de desinformação, não só teorias da conspiração já consolidadas. Haverá um link para a checagem de fatos, explicando por que determinada informação é falsa. No Brasil, isso inclui fontes como Estadão Verifica, Boatos.org, Aos Fatos, Agência Lupa, UOL Confere, AFP Checamos e Projeto Comprova. YouTube avisa se canal é financiado pelo governo Além disso, o YouTube colocará um painel informativo se o canal tiver financiamento estatal. Haverá um aviso indicando que a fonte é "financiada por completo ou em parte" por um governo ou é um "serviço público de transmissão", com um link para sua respectiva página na Wikipédia. Isso inclui emissoras como a CCTV (China), BBC (Reino Unido), Radio Free Asia (EUA) e TV Brasil. Esse aviso existe desde o ano passado nos EUA, depois que a RT (antes Russia Today) foi acusada de influenciar as eleições presidenciais de 2016. A emissora russa diz ter a maior audiência do YouTube, com 9 bilhões de visualizações entre todos os seus canais. Em 2013, o presidente Vladimir Putin comentou publicamente sobre a RT: "certamente o canal é financiado pelo governo, portanto não pode deixar de refletir a posição oficial do governo russo sobre os eventos em nosso país e no resto do mundo, de uma forma ou de outra".