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MPRJ denuncia ex-policial militar por morte de assessor de vereador

Denúncia foi oferecida pelo promotor Homero das Neves Freitas Filho, da 23ª Promotoria de Investigação Penal

Por Agência Brasil 10/07/2018 20h31
MPRJ denuncia ex-policial militar por morte de assessor de vereador
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou hoje (10) o ex-policial militar e miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, como mandante da morte de Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, em parceria com Diogo Maia dos Santos. Cabeça era assessor informal do vereador Marcello Siciliano (PHS), que seria ligado a uma milícia no bairro da Curicica, na zona oeste do Rio. A denúncia foi oferecida pelo promotor Homero das Neves Freitas Filho, da 23ª Promotoria de Investigação Penal, a pedido da Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga as mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março, no bairro do Estácio, centro do Rio. Alexandre Cabeça foi assassinado no dia 8 de abril, no bairro da Taquara, em Jacarepaguá. De acordo com a denúncia, o crime foi cometido por Rondinele de Jesus da Silva e Ruy Ribeiro Bastos. Orlando Curicica é o líder da milícia que atua no bairro de Curicica, em Jacarepaguá, e, segundo o MP, foi o mandante da morte de Alexandre Cabeça, orientando os executores sobre como deveriam agir. A dupla chegou de moto e matou a vítima com tiros à queima-roupa na região da cabeça. O MPRJ relata o papel desempenhado por cada um dos criminosos, que receberam de Curicica quantias de R$ 500 a R$ 1.250 cada, para o desempenho de suas funções. Segundo as investigações, o crime foi motivado pelo fato de Cabeça ter divulgado em redes sociais que Diogo Maia dos Santos seria o responsável pela morte de um homem identificado como Carrapa. Presídio federal No dia 19 de junho, Curicica deixou a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1) e foi levado para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A transferência foi determinada pelo juízo da 5ª Vara Criminal do Rio, a pedido do MPRJ, sob o argumento de que a mudança é de “grande relevância para o interesse da segurança pública”.