Brasil
Sem policiais militares, Natal tem mais de 450 roubos em nove dias
PMs estão fora das ruas em protesto contra salários atrasados e por melhores condições de trabalho

A delegacia invadida foi a 6ª DP, que fica no bairro de Pajuçara. Segundo os agentes que trabalham no local, os bandidos pularam o muro por trás do prédio e tiveram acesso ao pátio onde ficam os veículos apreendidos. Pelo menos dez motos foram depenadas e tiveram peças furtadas. Bicicletas novas também foram levadas. Ficaram apenas as que não têm condições de uso.
A 6ª DP, assim como todas as outras 14 delegacias distritais de Natal, estão fechadas há mais de uma semana por causa da paralisação da Polícia Civil, que aderiu ao movimento realizado pela PM e bombeiros militares que reivindicam o pagamento da folha de novembro, do 13º salário e melhores condições de trabalho.
Crise na segurançaCom salários atrasados, o estado enfrenta paralisações da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil. Eles pedem regularização dos salários atrasados e melhores condições de trabalho. Desde a terça-feira (19), PMs se negam a sair dos batalhões da capital e do interior, e os policiais civis trabalham em regime de plantão. Um reforço de 70 homens e mulheres da Força Nacional foram enviados à capital para fazer o patrulhamento ostensivo.
A Justiça considerou a paralisação ilegal, mas após reunião nesta quarta-feira (27), a PM decidiu manter a posição de não ir às ruas. Já os policiais civis e delegados, que também aderiram ao movimento, marcaram para esta quinta-feira (28) uma assembleia para definir como voltarão aos trabalhos, mas durante a manhã a reunião foi reagendada para esta sexta (29). Desde a semana passada a Polícia Civil trabalha em regime de plantão, atendendo a população apenas das delegacias de plantão e regionais.
Ajuda financeiraO próprio governador anunciou nas redes sociais - no dia 21 de dezembro - que o RN receberia R$ 600 milhões do governo federal e divulgou calendário de pagamento dos salários de novembro, dezembro e 13º. Mas o Ministério da Fazenda negou o repasse após recomendação do Ministério Público de Contas. O estado recorreu da decisão administrativamente.
Na terça (26), a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou que está em estudo no Ministério da Fazenda e no Banco Mundial um plano para ajudar o Rio Grande do Norte. Segundo ela, a ajuda não envolverá recursos da União, mas, sim, um empréstimo do Banco Mundial ao estado.
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