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Acadêmicos do Tatuapé é campeã do carnaval de São Paulo pela primeira vez

Escola foi vice-campeã em 2016 e, em 2017, levou a taça no critério de desempate com a Dragões da Real

Por G1 28/02/2017 18h13
Acadêmicos do Tatuapé é campeã do carnaval de São Paulo pela primeira vez
Reprodução - Foto: Assessoria

A Acadêmicos do Tatuapé é a escola campeã do carnaval 2017 de São Paulo. A vice-campeã de 2016 mostrou África festiva e filosofia de compaixão do Ubuntu, com único rei de bateria do carnaval paulista e muitas cores. Em segundo lugar ficou a Dragões da Real.

A apuração das notas aconteceu na tarde desta terça-feira (28), no Anhembi, na Zona Norte da cidade.

Águia de Ouro e Nenê de Vila Matilde são rebaixadas

As escolas de samba Águia de Ouro e Nenê de Vila Matilde foram rebaixadas para o Grupo de Acesso do carnaval de São Paulo. A Águia ficou com 268,2 pontos e terminou em 13º lugar. Já a Nenê foi a última colocada com 268,1 pontos.

Notas da apuração (Imagens: G1)

O desfile da campeã

A atual vice-campeã do carnaval de São Paulo, Acadêmicos do Tatuapé, tentou o título em 2017 ao exaltar o povo africano, sua cultura e seus deuses. A escola da Zona Leste da capital paulista foi a quarta a entrar na avenida na madrugada deste sábado (25), com seus 3,2 mil componentes em cinco alegorias e muitas cores, e completou seu desfile com 61 minutos — a 4 minutos do limite.

    Leci Brandão, madrinha da escola, abriu o desfile e foi seguida da mãe, Dona Lecy, destaque do carro abre-alas.

    O educador físico Daniel Manzioni é o único rei de bateria do carnaval paulista; ele foi acompanhado da rainha Andrea Capitulino.

    Para se diferenciar de todas as outras escolas que já falaram da África ao longo dos ano, a Tatuapé se apoiou na filosofia do Ubuntu, que prega compaixão e amor.

A Tatuapé entrou na avenida embalada pelo enredo "Mãe-África conta a sua história: Do berço sagrado da humanidade ao abençoado menino da terra do ouro". Suas fantasias representavam os diferentes grandes reinos da história do continente e seus países atuais, além das religiões africanas, como o cadomblé, o cristianismo e o islamismo.

A escola espera um resultado melhor que o de 2016, quando ficou em 2º lugar, apenas três décimos atrás da campeã Império de Casa Verde. Este foi o melhor resultado da Acadêmicos do Tatuapé desde sua fundação em 1952, após subir ao grupo especial em 2013.

Aos 72 anos de idade, Leci Brandão foi responsável por abrir o desfile, sambando e cantando à frente da comissão de frente, composta por 14 guerreiros protetores da árvore do Baobá, símbolo da força e da resistência do povo africano.

Encerrando o desfile, uma homenagem ao Zimbabwe, com cinco — de suas 21 — alas e um carro alegórico dedicado à história do país, desde o Império Monomotapa, passando por sua colonização até o país que é hoje. O final ainda teve direito a paradão da bateria com a escola cantando sem os instrumentos.