Brasil
Chapecó: Velório coletivo deve durar 4 horas com pelo menos 51 vítimas
Apenas familiares e amigos devem passar em frente às urnas, na sexta-feira (2)
O velório coletivo dos jogadores, diretoria da Chapecoense e jornalistas que estavam no avião que caiu na Colômbia na terça-feira (29) deve durar cerca de quatro horas, informou a diretoria do time. O clube acredita, em balanço prelimianar, que 51 vítimas devem ser veladas na Arena Condá, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, na sexta-feira (2).
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (1), a Chapecoense informou que apenas os familiares e amigos devem chegar próximos às urnas, que estarão no gramado do estádio. O início da cerimônia será fechada. Conforme o porta-voz do clube Andrei Copetti, a medida é por uma questão de segurança e logística.
Na quarta (30), a diretoria havia cogitado a hipótese dos torcedores passarem em frente às urnas. Nesta quinta, a organização diz que os fãs ficarão nas arquibancadas. Telões também serão instalados do lado de fora do estádio. A previsão é que cerca de 100 mil pessoas passem pelo local no dia da cerimônia.
A Chapecoense espera começar o velório coletivo às 12h, mas há chance de atraso. Após o velório, os corpos serão liberados para sepultamento nas cidade de origem. O número de vítimas que estarão nos gramados ainda pode ser alterado, já que a direção do clube deixou a cargo das famílias a decisão de participar da homenagem.
Ao menos 16 pessoas devem ser sepultadas em Chapecó, a maioria delas, jornalistas da região.
Presença do governador Colombo e presidente Temer
O governo de Santa Catarina confirmou que o presidente Michel Temer e o governador Raimundo Colombo estarão em Chapecó na sexta-feira para o velório.
De acordo com o governo do estado, a confirmação da presença de Temer foi dada ao governador na noite de quarta-feira pelo próprio presidente, durante uma conversa por telefone. Temer, no entanto, conforme o estado, não informou o horário em que deve chegar à cidade do Oeste catarinense.
Trajeto
Ao chegarem ao aeroporto, os corpos, que estarão em caixão fechados, devem ser transportados em três ou quatro caminhões dos bombeiros, acompanhados por batedores da Polícia Militar.
O trajeto do aeroporto até o estádio deve demorar 45 minutos, prevê o Corpo de Bombeiros. Ruas da região por onde o cortejo vai passar deverão ser interditadas "pelas ordens de segurança”, disse o tenente-coronel Balsan, do Corpo de Bombeiros. A entrada será pelo portão 14, da Arena Condá, até o gramado.
Montagem da estrutura
A estrutura metálica para o velório começou a ser montada na tarde de quarta (30). Trabalhadores informaram que serão montadas tendas para a colocação dos caixões, em frente à ala sul do estádio. Uma simulação do cortejo pela cidade foi feita na tarde de quarta.
Pela manhã de quarta, funcionários do clube estavam no gramado do estádio para analisar o posicionamento dos familiares e a implementação de tablados nas áreas dos caixões. Assim que os corpos chegarem, serão levados ao complexo esportivo.
O clube estuda a quantidade de cadeiras e o posicionamento para circulação das pessoas que são esperadas na Arena Condá para o adeus às vítimas. Depois do velório, os familiares poderão levar os corpos para os estados de origem.
Os corpos deverão ser transportados da Colômbia para o Brasil por um avião Hércules que está a postos em Manaus, informou o governo do estado.
Estrutura para velório coletivo na Arena Condá continua a ser montada nesta quinta (1) (Foto: Diego Madruga/Globoesporte.com)
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