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Adolescente assassinada em assalto em Minas Gerais sonhava ser médica

Ela tinha 16 anos e foi baleada na cabeça ao chamar pelo pai

Por G1 24/11/2016 16h38
Adolescente assassinada em assalto em Minas Gerais sonhava ser médica
Reprodução - Foto: Assessoria

A adolescente de 16 anos que foi morta nesta quarta-feira (23) durante uma tentativa de assalto em Ilicínea (MG) sonhava em ser médica, segundo familiares. Geovana Aparecida de Carvalho trabalhava no caixa do supermercdo do pai, quando foi abordada por dois assaltantes. Ao pedir socorro para o pai, foi baleada na cabeça. Ela morreu no local.

"Domingo [27], a gente tinha uma prova. O sonho dela era ser médica", relatou a prima, Naiara Carvalho Lima, que estava bastante comovida durante o velório da jovem na manhã desta quinta-feira (24). "Ela era como uma irmã pra mim. Uma perda enorme."

Eram cerca de 19h quando dois homens chegaram em uma moto e anunciaram o roubo. Um dos criminosos acabou atirando quando Geovana chamou pelo pai. "Ele tentou segurar [um dos assaltantes]", conta o irmão, Eduardo Carvalho, sobre a reação do pai. "Só que ele não sabia se fazia justiça com o bandido ou salvava a minha irmã. Isso foi uma coisa muito trágica. Estamos desesperados."

Os criminosos fugiram na sequência, sem levar nada. Na manhã desta quinta-feira (24), um homem de 24 anos e outro de 21 foram presos sob suspeita de terem cometido o crime. Eles foram levados para a delegacia da cidade.

O capitão da PM, Fabrício Medeiro, disse que a dupla foi reconhecida por testemunhas, que incluem parentes de um dos detidos. "Inclusive o tio de um dos suspeitos disse ter visto na motocicleta utilizada no roubo", contou. "Uma das vítimas reconheceu um dos autores pelo olhar e pela moto."

Adolescente foi baleada na cabeça após pedir socorro para o pai em tentativa de assalto nesta quarta-feira (23) em Ilicínea, MG (Foto: Arquivo EPTV)

Família pede mais segurança

Para Eduardo Souza, primo da adolescente, a prisão dos suspeitos não é suficiente para resolver o problema de insegurança que ele sente em Ilicínea. "Aqui são oito ou nove militares para 14 mil pessoas. Uma criança está morta a troco de nada", lamentou.

Em nota, a Companhia da Polícia Militar de Boa Esperança (MG), que é referência para a cidade, informou que os moradores contam com o apoio de nove militares e que o efetivo está dentro do previsto pelo Governo de Minas Gerais.