Cidades

Celular também é companheiro de profissão

Em diversas áreas de atuação, aparelho virou um aliado no dia a dia dos profissionais

Por Evellyn Pimentel e Lucas França com Tribuna Independente 13/01/2018 10h04
Celular também é companheiro de profissão
Reprodução - Foto: Assessoria
Com o celular em mãos, a empresária Andrezza Lino comemora a evolução de seu Salão de Beleza e Centro de Estética, segundo ela, graças às redes sociais. Em pouco mais de um ano à frente do negócio, ela passou de dois para nove funcionários. “Se não fossem as redes sociais não teríamos o mesmo alcance. Até porque na galeria onde estamos localizados existe um recuo na fachada e isso atrapalha um pouco, é comum os clientes me encontrarem nas redes sociais e terem dificuldades para achar a sede física. Mesmo o nosso serviço tendo qualidade se dependêssemos só da divulgação convencional, não teríamos o mesmo sucesso”, diz A empresária utiliza aplicativos e as redes sociais para interagir com potenciais clientes, além de agendar serviços e acompanhar tratamentos. A habilidade de utilizar o aparelho celular só não é maior que a de cuidar da beleza dos clientes, garante. “Hoje minha divulgação principal é nas redes sociais. Temos alcance de mais de 2 mil pessoas por dia nas nossas publicações no Instagram. Do ano passado para cá temos investido mais nisso, em fotos de melhor qualidade, em postagens planejadas e isso atrai mais seguidores, e os seguidores muitas vezes se transformam em clientes. O público das redes sociais representa mais de 60% dos nossos clientes. Nós postamos vídeos e fotos de procedimentos estéticos, promoções. A gente mostra o serviço e também a minha cara. Mostramos os resultados que a gente consegue, mostramos o espaço”, afirma. O trabalho no espaço físico é conciliado com o acompanhamento nas redes sociais. O celular não sai do alcance de Andrezza, que destaca a importância de atender os clientes com rapidez. “Eu não tenho horário, as pessoas hoje em dia são muito imediatistas, se eu não responder na hora elas dizem que eu não estou dando atenção. Uma vez eu tentei fazer o controle de horário e aconteceu um caso bizarro, onde uma cliente queria fechar um pacote da estética, e eu demorei um pouco a responder, ela foi a outro centro de estética, fez o pacote e ficou mandando as fotos para gente”, reforça. Pelas redes sociais, ela agenda procedimentos, tira dúvidas dos clientes, oferece serviços, promoções e ainda realiza um atendimento personalizado para cada tratamento estético. “Inclusive a gente tira foto do cliente para avaliação, para saber como está o corpo, rosto, cabelo e manda no mesmo momento. Eu faço  a avaliação, a gente termina, aí se a cliente disser que quer fechar o pacote eu já mando as fotos para ela. A medida que formos fazendo o procedimento vamos fotografando para o cliente acompanhar o processo, para identificar, saber como está. No caso do salão é um pouco diferente, os procedimentos. As redes sociais servem mais como forma de captação, eles mandam as fotos para perguntar sobre valores dúvida, já no centro estético é mais para acompanhamento. Mas em ambos os casos fazemos agendamentos, enfim, tem inúmeras utilidades”, explica Andrezza. Empresários divulgam trabalho pelas redes E não é apenas para lazer que as redes sociais têm sido utilizadas. Hoje, muita gente aproveita a interatividade para divulgar seu negócio, fidelizar clientes e ter um feedback maior com as pessoas. É o caso dos empresários Monique Nielsen e Gustavo Vieira que têm uma loja de moda masculina. Eles viram nas redes sociais uma oportunidade de alavancar seu estabelecimento e a partir do Instagram começaram a divulgar as novidades para a clientela. “Abrimos a Stacatto Stayle no dia 10 de Julho de 2015. E, antes mesmo de abrir a loja começamos a divulgação cinco dias antes”, disse Monique. Os jovens empresários disseram que, para eles, a internet tem importância fundamental  no crescimento da loja. “É um meio muito produtivo e de forma rápida e prática, fundamental para manter um contato direto com os clientes e seguidores, pois, a maioria das pessoas procura comodidade e a internet proporciona isto. Nós como empreendedores precisamos usar este recurso para estarmos próximo do público-alvo”, comenta os empresários. Nielsen que já vem de uma família de empreendedores, conta que a interação nas redes sociais da loja é bem dinâmica e há um retorno eficaz. “Os nossos clientes sempre estão conectados conosco, perguntam valores, querem saber sobre a disponibilidade das peças. Perguntam se fazemos reservas de peças, dão a opinião sobre as peças, falam se gostaram. E também dão críticas construtivas, falando o que precisa ser melhorado. Eles fazem isso não só nos comentários como no direct. E para gente é importante esse retorno”, ressalta. Profissionais liberais fazem do celular um aliado constante O celular e a vida profissional do médico radiologista Thiago Costa são companheiros inseparáveis. No exercício da Medicina, ele afirma que não consegue se imaginar sem o aparelho. “A gente usa bastante no dia a dia [risos]. Todos os dias eu uso o telefone tanto para entrar em contato por ligação ou mensagem para tirar alguma dúvida, analisar algum caso mais urgente, passar uma prévia do que a gente viu. Às vezes, o médico quer fazer uma programação de cirurgia e a gente adianta imagens de exames, fotos ou vídeos, porque às vezes, nas imagens que vão não dá para ver tão bem”, pontua o médico. É comum utilizar os recursos do celular para facilitar e dinamizar o atendimento aos pacientes ou agilizar imagens de exames, por exemplo. A interação com outros médicos também é potencializada, segundo Costa. “De 2013 para cá eu uso o celular o tempo inteiro. Sempre tenho que parar, atender o telefone, tirar uma dúvida. Não só tirar dúvidas com o médico solicitante, mas também para tirar dúvidas com outros colegas radiologistas. Às vezes tem um exame que estou na dúvida de como descrever e mando uma imagem ou vídeo e recebo orientações”. O médico destaca que a tecnologia tem auxiliado o cotidiano profissional, porque diversos aplicativos e serviços são disponibilizados no aparelho celular com o objetivo de ajudar no trato com os pacientes. “Além disso existem vários aplicativos de celular para facilitar nossa vida, como aplicativos onde eu posso acessar as imagens de exames pelo celular. Se eu estiver na rua e na urgência precisarem de um parecer e não tiver ninguém no hospital eu consigo acessar, baixar imagens, olhar e pelo menos passar uma prévia. Existem aplicativos que ajudam a passar posologia, servem como consulta bibliográfica, são muitas possibilidades” Ainda na avaliação de Thiago Costa, os avanços são de extrema importância. “Acho que a radiologia avançou muito depois do celular, moderniza cada vez mais. Querendo ou não é uma forma de tirar dúvidas, ajudar, e quem sai ganhando é o paciente porque são mais formas de acessar a informação, discutir, antecipar, para um laudo ou procedimento mais adequado para o paciente”, acrescenta. Aplicativos de mensagens facilitam relação entre jornalistas A jornalista Andrezza Araújo, por exemplo, é categórica sobre a importância do grupo de profissionais da área que ela criou: ‘‘serve para agilizar o trabalho’’, afirma. De acordo com ela, o objetivo é tratar de assuntos da profissão e ajudar os demais jornalistas nas tarefas do dia a dia. “O grupo “Jornalistas” foi criado em 2013, com o objetivo de estreitar a relação dos profissionais do mercado alagoano, tanto os que trabalham com assessoria de comunicação quanto os dos veículos, facilitando e agilizando a troca de informações. Isso deu agilidade à sugestão de pauta, a troca de contatos, descoberta de personagens, divulgação de releases, debates, entre outras ações. Esse é o principal objetivo do grupo”, explica a jornalista. Segundo ela, o grupo é o mais antigo relacionado a jornalistas no Estado. Da primeira ideia, surgiram outras vertentes, como grupos estritamente para as atividades diárias. “Como a procura pelo grupo cresceu, sentimos a necessidade de criar outro grupo, então surgiu o “Só Pautas”, deixando o grupo “Jornalistas” focado no debate sobre variados temas. Para não confundir e dar agilidade, o “Só Pautas” passou a seguir algumas regras para a boa convivência no grupo. Entre elas estão: só compartilhe fotos profissionais (proibido look do dia, só divulgar informações profissionais e que ajudem seus colegas de profissão. Além de, troca de contatos, sugestão de pauta, divulgação de release, esclarecer dúvidas profissionais e realizar sorteios para eventos.  Quem quiser interagir mais com os colegas pode entrar no grupo “Jornalistas”, que é mais liberal”, ressalta Andrezza. Rotina de advogado é integrada ao aparelho móvel durante a semana Com o advogado Jayme Canuto, a relação entre o aparelho celular é intensa de segunda a sexta-feira. Ele garante que só desconecta durante os fins de semana para conseguir um ‘descanso’. “De segunda a sexta é o tempo todo com o celular totalmente ligado, já no sábado e domingo eu costumo avisar aos clientes e colegas advogados que vou colocar no silencioso ou no modo avião para tentar ter um descanso. Mas se deixar é sábado, domingo, é sem parar”, reforça. Canuto acrescenta que o celular o ajuda a realizar multitarefas, que em situações normais levariam mais tempo, como atender clientes, realizar petições ou consultar processos online. “Eu utilizo muito, meu celular é integrado com sistema do carro justamente para isso. É uma facilidade maior para interagir, em deslocamento... Já ligo direto para o cliente sem precisar me deslocar até o escritório para marcar um horário”, pontua. Para ele outra vantagem é a possibilidade de interagir e manter uma rede de relacionamentos dentro e fora do estado. “A interação é tanta que chega a ser interestadual, porque quem costuma ir para congressos, seminários em outros estados, você consegue via aplicativo discutir o que está acontecendo no Brasil todo. A realidade local com o celular não fica mais restrita a um estado, mas passa a ser conhecida no país todo, porque você conversa, discute novidades, procedimentos inovadores que acontecem em Tribunais do Sul, é essa interação. Antes terminava um congresso e acabava a interação, hoje termina, mas você continua interagindo com os colegas, às vezes são tantos grupos, tantos assuntos que é preciso selecionar qual vamos dar prioridade, lidar bem para não atrapalhar o dia a dia”, detalha.