Turismo
Porto Real do Colégio na rota dos Caminhos do São Francisco
Cidade localizada na região do Baixo São Francisco tem como atração turística histórica arquitetura patrimonial
Em continuidade à série de reportagens sobre o Vale do São Francisco, depois de ter passado por municípios com alto potencial turístico, como Delmiro Gouveia, Olho D´Água do Casado, Traipu e Piranhas, Porto Real do Colégio, apesar de não ter a importância turística de seus vizinhos famosos, ganhou certa relevância durante a colonização pela sua proximidade com Penedo, um dos primeiros povoamentos da região do Baixo São Francisco. A história de Porto Real remonta aos meados do século XVII, quando diferentes tribos de índios, entre estas as Tupinambás, Carapotas, Acoranes ou Aconãs e Cariris habitavam a região.
Os bandeirantes da Bahia, que percorriam as terras já conhecidas, e que desciam o rio São Francisco em companhia dos padres jesuítas, foram os primeiros a chegar nos aldeamentos que ficavam às margens do rio, deixando aí o primeiro marco da civilização. Conta-se que esses bandeirantes e jesuítas se apossaram na referida região de uma extensa faixa de terra a qual denominaram “Urubu-Mirim” para diferenciar de Urubu, hoje Propriá. Os jesuítas conseguiram aos poucos fixar as tribos indígenas nos arredores da sede, apesar das lutas travadas entre os Cariris, os Aconãs e os bandeirantes recém-chegados à região.
Atrativos
Para quem pretende conhecer Porto Real do Colégio, dentro do roteiro do Velho Chico, existem alguns bons motivos. No quesito patrimônio histórico e artístico, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com imagens de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira, de Jesus Crucificado, de Santo Antônio, São José e São Vicente. Tem também o Conjunto Arquitetônico da praça Rosita de Góes Monteiro, onde estão situadas a Cadeia Pública, Casa Paroquial e a Prefeitura, e outros casarões em estilo colonial, alguns, infelizmente, abandonados. O conjunto arquitetônico da antiga Rede Ferroviária, formado pela estação e armazéns, além do Coreto da praça Rosita de Góes Monteiro, merecem uma visita.
No quesito patrimônio natural, passeios pelo rio São Francisco e suas ilhas fluviais já fazem parte do roteiro de agências locais. Claro que o município tem no rio o seu maior potencial para o desenvolvimento do turismo. Os passeios de canoas à vela ou motor, as praias formadas pelas coroas da areia no leito do rio, a visita à aldeia Kariri-Xocó, onde os índios praticam danças tradicionais como o Toré e desenvolvem o artesanato em barro, coco, madeira e ossos são outras grandes opções do município.
O artesanato também vem chamando a atenção dos visitantes. Em madeira, o artesanato indígena da aldeia Kariri-Xocó com cachimbos peças decorativas e enfeites; em coco, sementes e ossos, que são peças decorativas; a linha de bordados, como o redendê, ponto de cruz e crochê; em palha, com peneiras, vassouras e espanadores; em cipó, tem o balaio, cestos e armadilhas de pesca e em barro, onde outra vertente da cerâmica indígena pintada com “Tauá” (espécie de calcário utilizado nas pinturas de potes, moringas, pratos e panelas, também atrai os visitantes.
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