Palmeira dos Índios, nosso sexto destino do chamado Roteiro do Frio, e o segundo município a promover o seu Festival de Inverno, que vai acontecer neste sábado, 17, até terça-feira, dia 20, é um dos mais importantes do interior de Alagoas, com inúmeras atrações, como o Museu Xucurus de arte sacra e costume e Museu Graciliano Ramos, edificado na antiga casa onde morava o escritor.

Tem também a Aldeia da Cafurna, além do Cristo do Goiti, com vista panorâmica da cidade, que é um dos maiores atrativos da região.

Conhecida como a “Princesa do Sertão”, Palmeira dos Índios, a 135 km de Maceió, teve como primeiros habitantes os índios Xucurus e Cariris, em meados do século XVII, que viviam em meio a um abundante palmeiral que constituía a vegetação local, razão pela qual o nome do município passou a ser Palmeira dos Índios.

Museu Xucurus

Uma das grandes atrações é o Museu Xucurus, inaugurado em 1971, construído dentro da Igreja do Rosário, apesar do nome (em homenagem aos primeiros habitantes do lugar), não é indígena, tampouco colonial, arqueológico ou fotográfico.

Muitos o definem como um “museu de artes regionais”. Mas o que há é um conjunto de bens representativos da população local e nordestina. São objetos de toda sorte, doados pelo povo, com mais de dois mil itens.

O Cristo de Goiti, com cerca de 24 metros de altura, construído em 1979, é também outro importante atrativo turístico do município.

Localizado no topo da Serra do Goiti, a mais de 500 metros de altitude, cuja área era conhecida pela grande quantidade de goitizeiro ou oitizeiro (oiti é o fruto desta árvore-símbolo da região, por isso a homenagem a grande escultura.

Turismo ecológico: trilhas podem ser feitas a pé, de bicicleta ou moto

Mas Palmeira dos Índios é também um dos municípios mais privilegiados por ter inúmeras serras e quedas d´água, que aos poucos estão sendo descobertas pelo turismo ecológico.

As trilhas podem ser feitas a pé, de bicicleta ou de moto, e atraem turistas e aventureiros. Por ali podem ser admiradas as belezas naturais das reservas indígenas e alguns trechos de Mata Atlântica.

A bacia hidrográfica da região é muito rica e conta com inúmeras nascentes temporárias e permanentes, além de ser a sede de um dos mais importantes rios do estado, o Rio Coruripe que nasce da região do Cafundó.

E o município também está inserido na Rota indígena, que conta um pouco da história dos indígenas Xucuru-Kariri.

9 aldeias

No município mais de 3.500 índios vivem aldeados em nove aldeias, sob o comando dos caciques e pajés, além daqueles que moram na cidade, e fazem parte das 11 etnias existentes em Alagoas.

Na Mata da Cafurna, por exemplo, os turistas podem conhecer a rica cultura, com direito a pinturas corporais, caminhada pela trilha na mata, um passeio de 60 minutos, para conhecer e sentir o ar puro nos 117 hectares que guardam e preservam a história do povo Xukuru-Kariri.