Turismo

Alta temporada puxa geração de empregos entre pequenos negócios de Alagoas

Por Assessoria 21/02/2024 11h02 - Atualizado em 21/02/2024 16h43
Alta temporada puxa geração de empregos entre pequenos negócios de Alagoas
Os setores de comércio e serviços, como hotéis e restaurantes, ligados ao segmento turístico foram responsáveis pela geração de emprego em Alagoas - Foto: Imagem ilustrativa

O setor de hotéis e similares foi o responsável pela elevação na geração de empregos entre as micro e pequenas empresas (MPEs) de Alagoas na alta temporada. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, de dezembro passado, 117 postos de trabalho foram criados pelo setor durante o período.

De janeiro a dezembro de 2023, o estado obteve um saldo de 14.519 empregos gerados pelos pequenos negócios e uma média de 89,45 no saldo por 1.000 empregados, ficando na 9ª posição do ranking nacional. Mesmo com um saldo negativo de -208 empregos em dezembro, Alagoas ocupou a 4ª posição no ranking nacional no mês.

“O saldo de empregos gerados pelas MPEs no setor de hotéis e similares em dezembro de 2023 foi notável e contribuiu significativamente para o cenário de empregos. As MPEs desempenharam um papel crucial na criação de vagas de trabalho, com um saldo positivo de 3.600 (Brasil) novas vagas nesse setor específico. Essa tendência pode ser atribuída à alta temporada, quando a demanda por serviços hoteleiros costuma aumentar devido a férias, viagens e festividades”, explica Geanne Silva, economista e analista do Sebrae Alagoas.

“Importante ressaltar também que o setor de hotéis e similares é sensível às flutuações sazonais, e a alta temporada geralmente impulsiona a necessidade de contratação de funcionários para atender o aumento de turistas e viajantes. Portanto, o reflexo positivo no saldo de empregos pode estar diretamente relacionado a esse período de maior movimentação no setor”, completa.

As MPEs registraram saldos positivos na criação de empregos em todos os setores no acumulado do ano de 2023, com destaque para o segmento de Serviços (5.676) e o de Comércio (3.320). A analista do Sebrae crê que esse desempenho positivo é atribuído a vários fatores.

“As MPEs muitas vezes têm maior flexibilidade para se adaptar a mudanças no mercado. Durante a pandemia, muitas delas conseguiram se reinventar, adotando estratégias como delivery, comércio eletrônico e serviços online. Aquelas que investiram em tecnologia e inovação tiveram vantagens competitivas. A adoção de ferramentas digitais, automação e presença online permitiu que essas empresas alcançassem mais clientes e otimizassem processos”, avalia.

“As políticas governamentais que incentivaram o empreendedorismo e ofereceram suporte financeiro às MPEs também contribuíram para o crescimento do emprego. O cenário econômico geral, incluindo a retomada gradual das atividades após a pandemia, também impulsionou o crescimento dessas empresas”, observa Geanne Silva.

Brasil

No último mês de 2023, a diferença entre o total de admissões e demissões gerou saldo negativo de 430 mil vagas. Esse resultado é similar ao que tem ocorrido nos últimos anos. Entre as micro e pequenas empresas, foram fechados 178 mil postos de trabalho; já entre as médias e grandes, o saldo negativo foi de 195 mil vagas.

Do saldo total de postos encerrados, as MPEs representaram 41,4%, enquanto as MGEs (médias e grandes empresas) corresponderam a 45,4%. Contudo, comparando o saldo negativo do último mês de dezembro com o saldo de dezembro de 2022, quando foram encerrados 455,7 mil postos de trabalho, é possível constatar que houve uma redução no número de empregos encerrados.

No último mês de dezembro, as atividades que mais contribuíram para a geração de empregos foram “Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e supermercados” (com 7,6 mil vagas), “Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios” (4,8 mil empregos) e “Hotéis e similares” (3,6 novas vagas).