Turismo

De janeiro a setembro, turistas estrangeiros gastaram 80% a mais no país

Os gastos no mês de setembro totalizaram US$ 416 milhões – um dos melhores meses do ano para o turismo internacional, segundo o Bacen

Por Victor Maciel / MTur 24/10/2022 18h24
De janeiro a setembro, turistas estrangeiros gastaram 80% a mais no país
São Paulo - Foto: MTur / Arquivo

O aumento na entrada de turistas internacionais no Brasil tem resultado numa maior circulação da moeda estrangeira no país. Isso porque, de acordo com o Banco Central (Bacen), o gasto dos viajantes estrangeiros dentro do Brasil, entre os meses de janeiro a setembro, registrou alta de 80% em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram deixados nos destinos nacionais mais de US$ 3,6 bilhões, o que representam 80% do montante contabilizado no período pré-pandemia.

Somente em setembro, o país conseguiu captar US$ 416 milhões. O valor é 76,2% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram contabilizados US$ 236 milhões. O valor é um dos maiores registrados no ano junto aos meses de janeiro e março, que totalizaram, respectivamente, US$ 421 milhões e US$ 453 milhões, sendo os melhores meses no que se refere a receita gerada no país com o gasto de estrangeiros.

A alta reflete a retomada do setor, que tem mantido um ritmo acentuado de crescimento desde o fim do ano passado. De acordo com dados da Polícia Federal, até o mês de maio, o país havia recebido pelo menos um milhão de visitantes estrangeiros - o maior número registrado deste o início da pandemia, em 2020. A expectativa é de que até o fim do ano, 4,2 milhões de turistas estrangeiros adentrem no país, segundo estimativa da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

Na mesma linha do aumento de estrangeiros no Brasil, o setor aéreo internacional retornou a sua malha aérea. Em junho de 2022, o Brasil registrou 3.806 chegadas, o equivalente a 1.703,32% a mais de voos em relação a abril de 2020, data de início das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. O acréscimo na conectividade em relação a maio foi de 7,29%, entretanto, na comparação com junho de 2021, o salto foi de 355,36%.