Turismo
Paulo Jacinto já inicia contagem regressiva para o tradicional Baile da Chita
No último sábado (11), a rainha da 70ª edição do evento foi escolhida durante um concurso
Aconteceu no último sábado (11), em Paulo Jacinto, no Agreste alagoano, um concurso de beleza para a escolha da 70ª rainha do tradicional Baile da Chita. O evento contou com a participação de três jovens, ambas naturais do município.
Organizado pelo promotor de eventos Daniel Assunção Filho e a estudante Myllena Melo (rainha do Baile da Chita edição 2019), e o apoio da direção do Clube Recreativo Paulojacintense, responsável pela idealização do Baile da Chita, a escolha da rainha contou com a presença dos familiares das candidatas e dezenas de moradores da cidade.
As estudantes, Bianca Veiga, 17 anos, Karla Renata, também de 17 anos e Letícia Figueiredo, 16 anos, foram as inscritas nesta edição. Este ano, a organização resolveu usar o formato de escolha com votação de jurados mais o voto do público presente – a partir de aplausos.
Elegância, simpatia, beleza, desenvoltura e traje típico (feito com o tecido de chita) foram alguns dos itens avaliados pela banca julgadora, composta pelo jornalista Lucas França, as empreendedoras Arlene Mendonça e Joana Manoella, as rainhas Mylena Melo e Maria Eduarda e o promotor Daniel Assunção. E a disputa foi acirrada, ambas as concorrentes mostraram atitude e desempenho durante o concurso. A diferença da vencedora para a que ficou em segundo lugar foi um ponto.
A estudante Karla Renata Candido da Silva foi à escolhida pelos jurados e agora ela se prepara para desfilar no baile que acontecerá na segunda quinzena de julho – mês da criação do evento que completa 70 anos de história.
Para ela, é a realização de um sonho. “Fiquei muito feliz em ser escolhida a rainha do 70° Baile da Chita! Assim como muitas meninas da cidade tem este sonho, em ser rainha do baile, eu também tenho, e agora será realizado. Sei que o evento além de ser de extrema importância para nós Paulojacintenses, o mesmo já se encontra como Patrimônio Histórico Imaterial e Cultural de Alagoas. Estou lisonjeada em fazer parte dessa história’’, expõe a rainha edição 2022.
Os pais de Karla, Anna Karla e Renato não esconderam a emoção e falaram do sonho da filha. “Ficamos muito emocionados em ver nossa filha realizando um sonho que não era só dela, mas das outras candidatas também! Por isso, aproveito a oportunidade para agradecer a todos que votaram e torceram para que esse momento fosse o começo da concretização do sonho da Karla’’.
Durante o concurso houve um desfile de moda com peças das lojas StilloZ e do Ateliê Joana Manoella, além de apresentação de dança e da drag queen Keythy Latoya.
TRADIÇÃO E SURGIMENTO
O Baile da Chita surgiu após várias reuniões entre Josefa Barbosa (a idealizadora, In memória), José Aurino de Barros (In memória), e outros membros da comunidade, que discutiam o que fazer para pagar o advogado e emancipar o povoado que pertencia a Quebrangulo. De acordo com o historiador Valney Erick, dona Zefinha Barbosa, como era conhecida, se dirigiu a José Aurino e falou: "Zé eu tive uma ideia, e acho que é bem interessante, vamos fazer um baile para arranjar dinheiro e pagar os advogados, e com ele podemos nomear Baile da Chita, por causa das algodoeiras e do tecido de chita, fabricado com o nosso algodão".
A musicalidade também se tornou importante. Na época, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira estavam fazendo sucesso com a composição Propriá, que carinhosamente ficou conhecida como Rosinha de Propriá pelos paulojacintenses, por se tornar a chamada de abertura do evento. Luiz Gonzaga estava de passagem pela região Nordeste e ao saber que sua música era considerada a chamada de abertura do baile, em agradecimento e por convite do senhor José Aurino de Barros na época prefeito nomeado em 1953 ele fez questão de realizar um show na cidade já emancipada. Até hoje a música Propriá, ainda é tocada pelas bandas e orquestras convidadas, na abertura do baile.
Nos preparativos para o primeiro baile, Josefa teve a ideia de colocar uma rainha, uma vez que o baile seria realizado após os festejos juninos, no mês de julho. A rainha era eleita através dos fundos adquiridos, a que mais arrecadasse dinheiro na venda de rifas e bingos seria a eleita. Todos esses acontecimentos se deram por volta da década de 50.
ESCOLHA DA RAINHA
Como uma forma de dá continuidade a tradição, a escolha da rainha ainda acontece, com algumas modificações. Como não se trata de arrecadação de dinheiro para emancipação, Atualmente a escolha da rainha é feita com votos dos diretores ou associados do clube. Para participar deste momento a jovem tem que obedecer alguns requisitos como, por exemplo, ter idade entre 15 e 18 anos, ser natural da cidade ou morar na cidade.
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