Turismo

MPT firma acordo com empreendimento turístico para regularizar recolhimento de FGTS de funcionários

Conciliação judicial foi homologada pelo Juízo da 2ª Vara do Trabalho de São Miguel dos Campos

Por Ascom MPT/AL 26/05/2022 18h37
MPT firma acordo com empreendimento turístico para regularizar recolhimento de FGTS de funcionários
Sede do Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL), localizada no bairro da Jatiúca, em Maceió - Foto: Ascom MPT/AL

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas e o Ilôa Empreendimentos Turísticos firmaram um acordo judicial para regularizar, a partir de maio, o recolhimento mensal do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários da empresa. O termo de conciliação foi homologado pelo Juízo da 2ª Vara do Trabalho de São Miguel dos Campos no dia 12 passado.

Segundo o acordo, o recolhimento das parcelas do FGTS dos empregados deve ocorrer nos termos do artigo 15 da Lei nº 8.036/1990. Nesse sentido, a empresa deve depositar, até o dia 20 de cada mês, em conta vinculada, o valor de 8% da remuneração paga ou devida ao trabalhador no mês anterior.

Além de regularizar o recolhimento, o Ilôa também se comprometeu a quitar as parcelas atrasadas do FGTS de seus funcionários. Mensalmente, a empresa deve demostrar que realizou as duas obrigações, juntando aos autos do processo judicial os respectivos comprovantes de pagamento mais o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em até cinco dias.

Caso descumpra as obrigações, o Ilôa receberá uma multa no valor de R$ 5 mil por trabalhador prejudicado. A penalidade será cumulativa e renovável a cada constatação mensal de descumprimento.

Ação civil pública


A homologação da conciliação judicial ocorre após o MPT ajuizar uma ação civil pública contra o Ilôa Empreendimentos Turísticos em setembro de 2021. Antes do ajuizamento, a instituição ministerial buscou resolver a questão do não recolhimento do FGTS no curso do inquérito civil, mas sem sucesso.

“Frise-se, pois, que mesmo após dois anos de investigação, a empresa se manteve inerte e alegando apenas dificuldades financeiras para não cumprir com suas obrigações trabalhistas. Desde 2019 não foi apontada nenhuma medida para correção da irregularidade, tendo a postura da empresa se mantido idêntica”, alegou a procuradora do MPT Eme Carla Carvalho na ação civil pública.

O Ministério Público do Trabalho tomou conhecimento das irregularidades trabalhistas no Ilôa por meio de denúncia anônima.