Turismo
Turismo regional pode ser a solução para o setor
Alternativa foi apresentada por empresários para o Norte de Alagoas
Não existe solução fácil para o turismo alagoano, o setor mais impactado pela pandemia do coronavírus e pela política de quarentena, que manteve todos os estabelecimentos fechados, desde o dia 20 de março, provocando, até agora, milhares de reais em prejuízo e demissões no setor. Nas últimas semanas, logo depois que o Governo do Estado decretou fechamento de praticamente todas as atividades turísticas, incluindo hotéis, pousadas, restaurantes e pontos de interesse turístico, muitos especialistas começaram a se perguntar “qual o futuro do turismo”, depois da pandemia do coronavírus.
Parece que a conclusão é uma só: apostar no turismo regional, que acontecerá, sobretudo, através do transporte de ônibus entre os estados e carros particulares. E foi essa a alternativa e a aposta apresentada por especialistas do setor durante uma transmissão ao vivo promovida pelo Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau, que reuniu o empresário Guilherme Paulus, fundador do Grupo GJP Hotels & Resorts e CVC Viagens, Toni Sando, presidente da Unidestinos (União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos) e Luiz Claudio Gonçalves, o “Lula”, hoteleiro em Maragogi e presidente da entidade que reúne boa parte do trade turístico do Litoral Norte.
O tema debatido, “Desafios do Setor Pós-Covid”, mediado pela presidente-executiva do CCC&VB, Ana Carvalho, apresentou várias alternativas. Para o dono da CVC, Guilherme Paulus, por exemplo, o pós-Covid será “o começo de uma nova era”. Segundo ele, a retomada se dará lenta e gradual, pois com a malha aérea reduzida, Paulus aponta que o transporte terrestre, que deverá ser retomado com força.
“Nós temos que trabalhar fortemente o turismo regional. Acho que essa é uma dica para os agentes de viagem. No início, vamos voltar com as viagens terrestres, não tem outro jeito. Ninguém vai dar mais férias para o automóvel, até por questões de segurança; então cabe a nós, os agentes de viagens, começar a fazer um trabalho no turismo regional”, propõe.
Já o empresário Toni Sando comparou a retomada da atividade turística no Brasil ao exercício de tomar uma sopa quente. “Tem que começar tomando pelas beiradas; se entrar com a colher no meio, você vai se queimar”, alertou. Segundo ele, a zona primária será o principal alvo turismo no pós-pandemia. “Não adianta gastar dinheiro com promoção para tentar convencer o Brasil a ir para Maragogi ou a convencer o Brasil a ir para São Paulo. É besteira, dinheiro jogado fora. Será a zona primária que fará a retomada acontecer, gradativamente, e a gerar um pouco de resultado”, acredita.
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