A UNINASSAU Maceió deu início, nesta segunda-feira (1º), ao evento “Nutrição com Diversidade: caminhos para uma prática inclusiva”, voltado aos alunos do curso de Nutrição. A programação do primeiro dia, que segue até quarta-feira (3), promoveu debates sobre pluralidade e inclusão na área, com pautas como o papel do Conselho Regional de Nutrição (CRN-6) e do Sindicato dos Nutricionistas de Alagoas, além da interface entre Nutrição e Fonoaudiologia no cuidado a pessoas neurodivergentes.

Para Cristianni Gusmão, coordenadora de Nutrição da UNINASSAU Maceió, a área vai além de prescrever planos alimentares, é também inclusão. “Falar sobre diversidade parece simples, mas muitos estudantes ainda não percebem a importância de incluir todos os públicos em sua prática. Seja no consultório, na escola, na empresa, na unidade de alimentação ou no esporte, o profissional deve acolher cada realidade. O evento busca ampliar essa visão crítica, formando profissionais mais sensíveis à diversidade”, disse.

Marília Gabriela, nutricionista, fonoaudióloga e docente do curso de Fonoaudiologia da Instituição de Ensino Superior (IES), palestrou sobre a conexão entre Fonoaudiologia e Nutrição no cuidado às pessoas neurodivergentes com dificuldades alimentares. “Essa interprofissionalidade mostra avanços significativos e evidencia a necessidade de cooperação entre áreas. Além da inclusão social, é essencial compreender os limites de cada profissão. O objetivo é reforçar o trabalho conjunto em prol da pessoa neurodivergente”.

Allan Victor, coordenador de formação do Conselho Regional de Nutrição (CRN-6), abordou as ações do CNR-6 no campo da inclusão, pioneiro ao criar uma comissão dedicada ao tema. “É essencial trazer insights voltados aos estudantes, estimulando o interesse pela diversidade desde a formação. Além disso, devem entender o papel e o trabalho do Conselho e sua importância. A proposta foi oferecer um panorama geral da atuação do CNR-6 e seu compromisso com a diversidade”.

Maria das Graças Cavalcante, representante do Sindicato dos Nutricionistas de Alagoas, explicou que a entidade atua na defesa dos profissionais já formados, em negociações, pleitos e melhorias trabalhistas, como salários e condições de trabalho. “O trabalhador precisa provocar o Sindicato, apresentando demandas e situações para ocorrer a intervenção. A entidade é formada pela base e a luta só acontece quando cada profissional se envolve”.

Jhonatha Rodrigo, discente do 8º período de Nutrição da IES, participou do evento como organizador e aluno, e enfatizou como esse envolvimento agrega no seu currículo e em entrevistas de estágio ou emprego. “Nessas ocasiões, aprendemos conteúdos que não estão na grade curricular. Os próprios alunos se mobilizam para trazer esses debates para dentro do ambiente acadêmico. É fundamental os estudantes aprenderem a acolher todos os públicos, sem distinção. Assim, já na graduação, desenvolvemos um senso de responsabilidade social”.