Saúde

HGE é o principal destino de pacientes que precisam de tratamento imediato contra o AVC

Por Thallysson Alves / Ascom HGE 12/05/2025 14h54
HGE é o principal destino de pacientes que precisam de tratamento imediato contra o AVC
A Unidade de AVC do HGE está integrada ao Programa AVC dá Sinais e conta com 20 leitos disponíveis para tratamento dos alagoanos - Foto: HGE


O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacitação e internações em todo o mundo, segundo o Ministério da Saúde. Para combater esse mal, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), lançou o Programa AVC dá Sinais, que usa a telemedicina para agilizar o diagnóstico e a transferência para unidades habilitadas, como o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, maior referência pública no tratamento de pacientes acometidos pela doença, conhecida popularmente como derrame.

O serviço, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, conta com 20 leitos e já beneficiou milhares de alagoanos desde agosto de 2021. Principal destino para os casos de urgência e emergência de média e alta complexidade, o HGE conta com uma unidade de AVC, que é exclusiva para o tratamento da doença e que está em atividade desde 21 de julho de 2015, sendo a pioneira entre os hospitais públicos, filantrópicos e privados alagoanos.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destaca que o AVC dá Sinais é um marco na saúde pública de Alagoas. “Por meio do programa, conseguimos agilizar o diagnóstico e o tratamento da doença, evitando assim sequelas e mortes entre os alagoanos acometidos por este mal, que atinge mais as mulheres”, frisou o gestor da Sesau.


Beneficiado

José Emerêncio Irmão, de 63 anos, foi um dos beneficiados pelo Programa AVC dá Sinais, no HGE. Ele lembra que estava em casa, na cidade de Olivença, situada no Sertão alagoano, quando começou a se sentir mal durante o sono. Ao acordar e perceber que estava sozinho, pediu socorro aos seus parentes, que o levaram até o Hospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema, que o encaminhou para o HGE.

“Foi tudo muito rápido e sempre me senti bem atendido. Aqui no HGE, eu fui rapidamente levado para repetir exames, fizeram vários estudos e me medicaram. Eu me sentia seguro e confiante de que ficaria bom, apesar de preocupado. Sabia que estava no melhor lugar e que todo mundo estava fazendo tudo que era possível para recuperar a minha saúde”, relatou o alagoano, quando esteve internado na Unidade do AVC do HGE.


Gratidão

“Eu estou de alta com um sentimento de gratidão que não cabe em mim. Vou sair do HGE sabendo que recebi o melhor atendimento, o que credibiliza as orientações e recomendações que me deram para seguir em casa. O sentimento que tenho é a coisa mais linda do mundo! Estou 100%!”, avaliou o ex-paciente da maior unidade de urgência e emergência de Alagoas.

Em casa, o olivense precisa continuar com o tratamento multidisciplinar. Também deve tomar as medicações seguindo a prescrição dada pelo médico. É sugerida a realização de algumas adaptações no lar para evitar esforços e acidentes. A adoção de hábitos saudáveis, como prática de atividade física e dieta balanceada, agora devem ser vistos como prioridades, incluindo a regularidade dos check-ups.


Eficiência no Tratamento

O fisiatra da Unidade de AVC do HGE, Alexandre Otilio, ressaltou que o paciente José Emerêncio Irmão apresentou hemiparesia (perda de força do lado direito do corpo) no lado direito associado com disartria (dificuldade na articulação das palavras). Para entender o que estava acontecendo, a equipe médica solicitou exames laboratoriais, tomografia computadorizada, angiotomografia de crânio, ecocardiograma e eletrocardiograma. Com esses resultados, os especialistas conseguiram definir a melhor conduta para tratar o AVC do tipo isquêmico, sem rompimento do vaso cerebral.

“Ao investigarmos a procedência desse AVC, nós descobrimos que ele tinha uma etiologia da doença aterosclerótica, uma doença inflamatória crônica causada pelo acúmulo de gordura e outros materiais nas paredes das artérias, formando placas que podem estreitar ou bloquear o fluxo sanguíneo. Ele tinha um entupimento da artéria, que é a principal que leva sangue para o encéfalo. A hipertensão arterial não tratada é o principal fator de risco que causa AVC, e o tabagismo está diretamente associado com a aterosclerose”, complementou o especialista.

Ainda de acordo com o especialista do HGE, após o uso da medicação indicada para dissolver as placas, a reabilitação precoce é iniciada já na Unidade de AVC com a participação da Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia. Neste caso, também foi instituída a terapia de profilaxia secundária, que visa reduzir o risco de um novo AVC, utilizando uma combinação de medicamentos indicados ao controle dos fatores de risco, como hipertensão, diabetes, dislipidemia e fibrilação atrial.

“Na ocorrência de fraqueza repentina, dormência ou paralisia em um lado do corpo, dificuldade para falar ou compreender a fala, perda ou turvação da visão, dor de cabeça intensa e repentina, tontura, perda de equilíbrio e confusão mental, é crucial a busca pelo atendimento médico na unidade de saúde mais próxima. O AVC requer o tratamento imediato para minimizar os danos cerebrais que poderiam levar a sequelas permanentes e óbito”, alertou o médico do HGE.