Saúde

Pés doloridos: entenda sobre as causas e os cuidados para eliminar a dor

Dores nos pés e tornozelos estão entre as mais comuns em adultos

Por Assessoria 25/04/2025 16h09
Pés doloridos: entenda sobre as causas e os cuidados para eliminar a dor
Cerca de 20% da população com até 69 anos tem alguma dor nessa região do corpo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).  Entenda as causas e cuidados para eliminar a dor - Foto: Freepik/Ilustração

As doenças do pé e tornozelos estão entre as causas mais comuns de dores na população adulta. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), cerca de 20% da população com até 69 anos sofrem com algum tipo de dor nesses locais. Já entre idosos acima de 69 anos, mais de 50% são acometidos por doenças causadas por deformidades nos pés.

“Entre as principais enfermidades que atacam a região estão osteoartrite ou artrose, fascite plantar, síndrome do túnel do tarso, sesamoidite, esporão de calcâneo, neuroma de Morton, tendinite e hálux valgo”, explica o reumatologista Dr. José Eduardo Martinez, presidente da SBR.

O hálux valgo, popularmente conhecido como joanete, é uma das condições mais prevalentes do pé. Caracterizada por um inchaço ósseo da região lateral do dedão do pé, é provocada em geral pelo uso de calçados apertados, principalmente aqueles de “bico fino”. “Além do incômodo da dor, essas doenças causam problemas de mobilidade, deformações e, em casos mais graves, podem levar até a incapacidade física”, alerta Martinez.

É comum que a incidência vá aumentando com a idade, principalmente devido às mudanças geradas pelo mau uso dos pés e tornozelos como má postura, uso de calçados inadequados, obesidade e falta de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular para pernas, pés e tornozelos

“O tratamento dessas doenças, em geral, alcança resultados mais satisfatórios quando unem intervenções não medicamentosas, com o uso de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides. Também podem ser feitas infiltrações com corticosteroides e anestésicos. E em alguns casos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica”, afirma o reumatologista e coordenador da Comissão de Dor da SBR, Dr. Rafael Navarrete.

Segundo ele, a fisioterapia também exerce papel fundamental para controle da dor e melhora da função motora. Além disso, medidas simples como a escolha adequada de calçados, o controle do peso e a prática de exercícios específicos podem fazer a diferença. “A atividade física, no entanto, deve sempre ser supervisionada por profissionais especializados para que os exercícios ajudem no tratamento e não provoquem novas lesões”, alerta o reumatologista.

O diagnóstico por meio de exame físico, raio X, ultrassonografia, tomografia computadorizada e, em alguns casos, ressonância magnética. A avaliação e a indicação de tratamento podem ser feitas por especialistas como ortopedistas e cirurgiões de pé. No entanto, o reumatologista pode oferecer um diagnóstico mais amplo, considerando fatores que podem agravar ou prolongar a dor.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) disponibiliza gratuitamente uma cartilha com foco no esclarecimento e orientação sobre as principais dores dos pés e tornozelos, com linguagem simples e informativa para leigos. O material para download está disponível no site: www.reumatologia.org.br

Sobre a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) é uma associação civil científica de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 15 de julho de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, pelos médicos Herrera Ramos, Waldemar Bianchi, Pedro Nava, Israel Bonomo, Décio Olinto e outros, tendo mantido desde então sua tradição científica, acompanhando e promovendo o desenvolvimento da especialidade no Brasil e com um importante papel também internacional, especialmente entre os países da América Latina. Filiada à Associação Médica Brasileira, conta em torno de 2 mil associados, congrega 26 sociedades regionais estaduais, assessorias e comissões científicas e representações em associações nacionais e internacionais e junto ao Ministério da Saúde.