Saúde

Semana Santa: nutricionista orienta sobre compra, armazenamento e consumo de peixes e frutos do mar

Gilvania Noia alerta sobre os cuidados indispensáveis para uma alimentação segura neste período em que aumenta o consumo desses produtos

Por Sesau 15/04/2025 15h52 - Atualizado em 15/04/2025 16h32
Semana Santa: nutricionista orienta sobre compra, armazenamento e consumo de peixes e frutos do mar
Os cuidados vão desde a aparência dos pescados à limpeza do ambiente - Foto: Fotos: Carla Cleto e Olival Santos

Com o aumento do consumo de pescados durante a Semana Santa, a atenção com a qualidade e conservação desses alimentos deve ser redobrada. A nutricionista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Gilvania Noia, alerta sobre os cuidados indispensáveis na hora da compra, armazenamento e preparo de peixes e frutos do mar, a fim de evitar riscos à saúde e garantir uma refeição segura e saborosa durante o período.

“A procedência do pescado, a higiene do local de venda e o acondicionamento adequado são pontos fundamentais para evitar a contaminação do alimento”, explica Gilvania Noia. Ao chegar ao ponto de venda, é importante observar se o estabelecimento está limpo, livre de pragas, e se os funcionários utilizam equipamentos de higiene e proteção como toucas, aventais e luvas. Também é essencial verificar se o pescado está sendo armazenado sob refrigeração ou gelo.





Além disso, a nutricionista da Sesau orienta a avaliar a aparência e o cheiro do pescado. “O peixe fresco deve apresentar olhos brilhantes, escamas firmes, guelras avermelhadas e carne elástica. O cheiro precisa ser suave, característico do ambiente marinho, sem odor forte ou de amônia”, detalha.

No caso dos crustáceos, como camarões e lagostas, a carapaça deve estar bem aderida, brilhante e sem manchas escuras. Moluscos como ostras e mexilhões devem ter carne úmida, íntegra e com coloração própria da espécie. “Qualquer mudança nessas características pode indicar que o alimento não está próprio para o consumo”, alerta.

Armazenamento


Sobre o armazenamento doméstico, Gilvania Noia recomenda que o pescado seja refrigerado imediatamente ao chegar em casa. “Se for consumido em até 24 horas, pode ser mantido na geladeira entre 4°C e 5°C. Caso contrário, deve ser congelado em embalagens bem fechadas a temperaturas abaixo de -18°C”, orienta.

O tempo de conservação varia conforme o tipo do pescado. Peixes inteiros duram até quatro meses congelados, filés e postas até seis meses, enquanto os peixes mais gordurosos, como salmão e atum, devem ser consumidos em até três meses. Frutos do mar podem ser armazenados por até quatro meses, dependendo das condições de aquisição.





A nutricionista da Sesau também alerta sobre os riscos do recongelamento. “Não se deve recongelar um produto que já foi descongelado, pois isso aumenta significativamente o risco de contaminação. O ideal é descongelar apenas a porção que será utilizada no momento”, recomenda.

Produto Congelado

Comprar pescado congelado é seguro, desde que observadas a integridade da embalagem, o selo de inspeção (SIF), a validade e a procedência. A temperatura do freezer deve estar entre -12°C e -18°C e os equipamentos devem apresentar boas condições de higiene.

“O consumo de pescados mal armazenados pode causar infecções ou intoxicações alimentares graves, provocadas por microrganismos como Salmonella e Vibrio cholerae. Eles resultam em sintomas como dor abdominal, vômitos, diarreia e febre”, finaliza Gilvania Nóia.