Saúde

Alagoas registra 224 casos de Aids e 130 mortes este ano

Números da Sesau correspondem ao período de janeiro a outubro de 2024

Por Valdete Calheiros - Colaboradora / Tribuna Independente 05/12/2024 08h20 - Atualizado em 05/12/2024 09h10
Alagoas registra 224 casos de Aids e 130 mortes este ano
Aids não tem cura, mas coquetel de remédios controla a doença - Foto: Reprodução

O mês de dezembro chama a atenção da sociedade para a epidemia de HIV e Aids que continua a ser um dos maiores desafios de saúde pública no mundo. Para alertar a população sobre os cuidados necessários com a prevenção, o mês recebe o título de “Dezembro Vermelho”.

Desde sua descoberta nos anos 1980, milhões de pessoas foram infectadas e muitas perderam suas vidas. Conforme os números fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o estado registrou, de janeiro deste ano até o último mês de outubro, 224 casos de Aids e 130 óbitos causados pela doença. No mesmo período deste ano, foram registradas 686 contaminações por HIV.

Durante todo o ano de 2023, foram 366 casos de Aids e 202 óbitos. E 759 novos casos de contaminação pelo vírus HIV.

Os dados são do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN/MS) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS).

A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió contabilizou neste ano, na capital, 381 casos registrados de contaminação pelo HIV. Deste total, 283 foram em homens e 98 em mulheres. O número é maior do que no ano passado, quando houve 342 casos, dos quais 249 em homens e 93 em mulheres.

Conforme o médico infectologista Fernando Maia, quase todos os dias há um novo caso sendo detectado no atendimento médico. A infecção viral está presente em todas as faixas etárias sexualmente ativas, com predominância entre pessoas de 20 anos a 49 anos. No entanto, há, também, pessoas com menos de 15 anos e idosos contaminados e convivendo com o vírus que pode causar a Aids.

“Atualmente, existem muitas ferramentas que prolongam a vida sexual. Medicamentos, próteses, reposição hormonal, o que acaba estendendo a vida sexual por um período maior do que o habitual. E muitas dessas pessoas acabam se expondo ao risco e acabam se infectando, infelizmente”, pontuou o infectologista.

Segundo Fernando Maia, apesar do amplo acesso à informação sobre os meios de prevenção, as pessoas se arriscam muito ao variar, de forma frequente, de parceiros, sobretudo sem o uso de preservativos.

“Reduzir a quantidade de parceiros sexuais e usar sempre preservativos são os cuidados básicos que evitam a contaminação”, concluiu.