Saúde

Outubro Rosa: alimentos antioxidantes auxiliam na prevenção do câncer de mama

Base composta por frutas, verduras e legumes é a principal fonte para evitar adoecimento do corpo

Por Assessoria 03/11/2024 09h35
Outubro Rosa: alimentos antioxidantes auxiliam na prevenção do câncer de mama
Andressa Ferro, Nutricionista - Foto: Divulgação

Outubro é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres em todo o mundo. A campanha Outubro Rosa tem o objetivo de alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, mas também destaca os fatores de prevenção que podem ser adotados no dia a dia. Nessa temática também entra a questão da alimentação, sendo uma importante aliada na promoção da saúde.

Diversos estudos científicos comprovam a relação entre uma alimentação equilibrada e a redução do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas e gorduras saudáveis, como as encontradas em peixes e azeite de oliva, têm sido associadas à menor incidência da doença. Por outro lado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras saturadas, pode aumentar a predisposição ao câncer.

A nutricionista especialista em saúde da mulher, Andressa Ferro, conta que determinados alimentos possuem um importante fator no combate de células cancerígenas, por conta da presença de antioxidantes.

“Os radicais livres são compostos presentes no corpo que agridem o DNA das células até que ela se torne uma célula cancerígena. A alimentação tem um potencial antioxidante, que previne a formação excessiva dos radicais livres. Por isso a base da alimentação deve ser composta de frutas, verduras e legumes”, conta.

Entre as escolhas que devem ser evitadas estão o consumo excessivo de farináceos, como a farinha branca, alimentos que são riquíssimos em açúcar e frituras. Para a Organização Mundial da Saúde a alimentação deve ser minimamente processada, o mais in natura possível.

“Importante usar os temperos e especiarias naturais. A cúrcuma tem potencial anti-inflamatório e antioxidante, além do orégano, alecrim e manjericão. Ter um porcionamento, como consumir três frutas e pelo menos duas porções de legumes e verduras por dia, já está consumindo uma boa carga desses antioxidantes necessários. Além disso, temos as antocianinas, que tem uma pigmentação vermelha ou rosa, como o açaí, beterraba e as frutas vermelhas, que possuem um potencial maior de combate aos radicais livres”, esclarece a nutricionista.

Além da escolha dos alimentos, o controle do peso corporal também é um aspecto determinante. A obesidade é um dos principais fatores de risco para o câncer de mama, especialmente após a menopausa.

“A menopausa não quer dizer baixa qualidade de vida para a mulher. No entanto, é uma fase que carece de mais atenção, de modificar o estilo de vida se for necessário, para trazer a sensação de bem estar e que o organismo funcione de uma maneira adequada. Por isso é preciso tomar muito cuidado, se não tem uma base saudável e se tem muitos fatores de risco, para não causar um problema maior”, ressalta Andressa Ferro.

O excesso de gordura corporal aumenta os níveis de hormônios, como o estrogênio, que podem estimular o desenvolvimento de tumores. Portanto, manter um peso saudável por meio de uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos é essencial para a prevenção.

“Um dos fatores de risco do câncer de mama está muito correlacionado com a questão do estrogênio, que é um hormônio feminino. Quando a gente pensa no papel do estrogênio na vida da mulher, é necessário conquistar uma regulação hormonal através de uma boa alimentação, da prática de exercício físico e da saúde mental”, salienta a especialista.

Por fim, Andressa Ferro destaca que a sociedade tem imposto um padrão comportamental sobre o alimento, vinculando o sabor da comida com o prazer momentâneo. “Quanto mais gordura, açúcar e carboidrato, mais se desperta essa sensação no cérebro. Só que a gente tem que compreender que o alimento nos traz prazer genuíno. Comer saudável não quer dizer que vamos comer ruim. São as combinações, as escolhas que fazemos. Quanto mais diversidade de alimentação, melhor, porque o corpo não gosta de monotonia. Até os alimentos mais pobres em nutrientes, se for colocado eventualmente, potencializam a saúde do sistema imunológico e de defesa. O estilo de vida de forma saudável tem que ser levado de uma forma mais leve, para trazer equilíbrio para o corpo”, finaliza.